Capítulo 24 - "Preocupas-te mesmo com ela, não é?"

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Ross’ POV:

Esta puta estava louca?

Como é que ela acaba de entrar num carro de um estranho de merda?

É estúpida?

Deduzo que sim.

Comecei a caminhar pelo estacionamento, tratando de me manter no meu são juízo, antes que o perdesse oficialmente. Se pensavas que já o tinha perdido antes, ainda não viste a forma em que estou agora.

Estou tão perto de assassinar alguém só pelo prazer de fazê-lo graças a todo este stress que está a aumentar no meu interior.

Onde está a Sara quando preciso dela?

Concentra-te Ross, concentra-te.

Ela nem sequer sabia quem era. Quer dizer, se o conhecesse ela tinha-se metido no carro logo depois de o ver mas ela ficou parada uns cinco minutos. E mesmo se ela o conhecesse, não devia ter ido assim.

Ele deve ter-lhe dito alguma coisa…

Quer dizer, não há outra explicação porque ela acaba de fugir com um tipo desconhecido.

Maldita seja. É tão descuidada!

Dei um pontapé num carro que não me pertencia, enquanto gemia interiormente. Provavelmente parecia um doente mental, mas neste momento não me importava uma merda. A Sara foi-se embora num carro com alguém que nem eu nem ela conhecíamos.

O carro nem sequer me era familiar e não podia ver nada devido às janelas escuras.

Oh, merda.

Comecei a caminhar até ao sítio onde estava estacionado o meu carro. Não havia maneira de eu a deixar entrar num carro de um estranho e não ir atrás dela.

Seria um idiota se não o fizesse.

Uma vez que encontrei o meu Range Rover, abri a porta, meti-me lá dentro e liguei-o imediatamente.

Algo dentro de mim me disse que a Sara não estava em boas mãos e não ia esperar para ver o que acontecia.

Vou encontrá-la. Mesmo que seja a última coisa que faça.

Rodei a chave na ranhura e tirei o carro do estacionamento. Dirigi-me para a mesma rua em que o carro em que a Sara foi se dirigiu.

Quando cheguei ao final da rua dei-me conta de que não vi exatamente para onde se dirigiu o carro.

Lancei uma cadeia de palavras malcriadas para o ar em tom profundo, fiz uma rápida volta em U e comecei a conduzir de volta a minha casa.

Excedendo o limite de velocidade, rezei para que a polícia não estivesse por ali para me deter porque não tinha tempo para eles neste momento.

Ao dar-me conta de que seria inteligente telefonar aos rapazes para saberem que estava a conduzir até casa para que estivessem preparados, deslizei o meu BlackBerry pelo bolso dos meus jeans. Marquei o número e pu-lo ao ouvido enquanto virava para outra estrada.

- Olá? – A voz rouca de John ouviu-se através do telemóvel.

- Hey man, escuta. Preciso que tu e os rapazes consigam a equipa toda junta, já. Temos de seguir algo, ou para dizer melhor, alguém – voltei noutra esquina.

- Para quê man? – Dei-me conta de que já tinha começado a fazer o que já lhe tinha pedido porque o ouvi a caminhar. 

- Fá-lo. Conto-te quando chegarmos a casa. Está bem? – Falei freneticamente.

Danger [Português/Adaptada]Onde histórias criam vida. Descubra agora