Capítulo 6 - "Ela sabe demasiado"

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Passando a mão pelo seu cabelo com frustração, Danger mordeu a parte inferior do seu lábio para manter os nervos dentro de si e não fazer nada fora do controlo ou partir coisas. A última coisa de que precisava era perder a cabeça e juntar-me à lista das coisas que lhe pertenciam. O primeiro ponto é que tinha matado alguém.

Ele não conseguia acreditar que tinha sido tão descuidado ao ponto de ter deixado alguém ver o que tinha feito. Sempre foi cuidadoso com as coisas que fez. Ele nunca foi apanhado, nunca. Sempre fez tudo bem e com êxito. Nunca, até esta noite e isso estava a dar cabo dele por dentro.

E se tivesse sido um polícia a andar pelo bosque esta noite, em vez de mim? Danger nem sequer conseguia pensar no que podia ter acontecido.

Tudo o que conseguia pensar era o que iria fazer comigo e no que os rapazes pensariam depois de descobrirem o que aconteceu.

Danger estava quase a subir as escadas do seu quarto quando um dos rapazes o viu.

- Hey Ross! – Bruce, o chefe do grupo (Não tão chefe como Ross mas andava perto de o ser) chamou-o desde o sofá em que estava sentado com uma lata de cerveja na mão.

Ross amaldiçoou-se mentalmente enquanto, pouco a pouco, voltou a cabeça para olhar para ele. Assentiu com a cabeça, como sinal de que tinha ouvido.

- Já fizeste o trabalho? – Bebeu um gole de cerveja esperando a resposta de Ross.

Ross fez uma pausa, debatendo se devia dizer alguma coisa ou não.

- Sim, já fiz.

- Bom trabalho, Lynch – sorriu e assentiu com a cabeça impressionado.

Ele não ia ficar impressionado por muito tempo, isso era o que Ross tinha a certeza.

- O gajo estava a rogar pela vida quando o Ross o tinha de joelhos, depois ele apontou-lhe a pistola à cabeça e fê-lo em pó – disse Mike enquanto deixava cair o seu corpo no sofá a poucos metros de Bruce.

- Isso foi muito fixe – acrescentou Marco com um sorriso – Ele pensou que se podia safar e não pagar o dinheiro. O cabrão era tão burro que pensava realmente que tinha a oportunidade de viver.

- Pena que o Ross lhe tenha posto uma bala na cabeça – acrescentou Dean ironicamente abrindo uma lata de cerveja e deixando-se cair sobre o sofá.

Ross assentiu e sorriu. Ficava encantado quando o elogiavam e quando o filho da puta que matava rogava pela vida.

- Foi um prazer trabalhar com ele – disse Ross sorrindo enquanto os outros rapazes riam.

O sarcasmo era o segundo idioma para os rapazes, especialmente para o Ross.

Uma vez que os risos acalmaram, toda a gente se sentou no sofá, exceto Ross, ele sabia que era uma ótima altura para falar do que se passou.

Danger [Português/Adaptada]Onde histórias criam vida. Descubra agora