Capítulo 50 - "Quase te perdi"

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Sara’s POV:

Dois dias. Passaram-se dois dias desde a última vez que vi o Ross e acho que posso dizer que estou a ficar cada vez mais impaciente.

Quer dizer, passar de estar quase todos os dias com ele a não poder vê-lo de todo é uma grande mudança especialmente quando estou tão habituada a estar perto dele a toda a hora e a sentir o seu toque.

Também anseio pelos seus lábios nos meus. Chamem-me maluca mas aquele rapaz consegue beijar-me e fazer-me sentir que estou nas nuvens.

Os meus dedos têm estado a formigar o dia todo para lhe mandar mensagem a perguntar se ele está bem ou se eles sabem alguma coisa sobre a investigação mas o Ross avisou-me para não o fazer porque a polícia vai ver o seu telemóvel, se tiverem de o fazer para ver se ele tem trocado mensagens com alguém sobre o Parker.

Odiava não poder estar com ele ao longo do percurso mas ficava contente por ele me manter segura. A última coisa que eu preciso agora é que os meus pais se envolvam.

- Menina McAdams, há algum motivo para não estar a prestar atenção à minha aula? – Levantei a cabeça de súbito e vi a Sra. Hendricks a olhar para mim por cima dos seus óculos descaídos no nariz.

Mordi o lábio, as minhas bochechas provavelmente estavam da cor de um tomate.

- Não Sra. Hendricks.

- Então sugiro que preste atenção e deixe de sonhar acordada.

Assenti, vendo-a lançar-me um olhar firme antes de se virar e continuar a sua aula.

Era o último bloco do dia e eu estava a sofrer para sair daquela cadeira e ir para casa.

Preferia mil vezes estar no meu quarto do que estar a ouvir a Sra. Hendricks a falar e a falar sobre como começou a 2ª Guerra Mundial.

Abanei o pé de forma impaciente, e bati com os dedos na minha secretária, contando cada segundo que faltava para tocar.

A Carly podia contar-me o que aconteceu, o Ross deu-lhe permissão. 

Ela mandou-me uma mensagem no outro dia quando saiu da esquadra e contou-me que tinha corrido tudo bem com ela. Também me contou que eles também tinham lá o Ross mas pelo que pareceu ele não estava metido em sarilhos.

Estava agradecida por isso. Não sei o que iria fazer se eles o prendessem.

Os meus pensamentos foram interrompidos mais uma vez, mas desta vez pelo toque de saída e imediatamente me levantei, agarrando nos livros, enfiando-os na mala e apressei-me a sair da sala.

Caminhei pelo corredor, metendo-me pelo meio das pessoas de forma a conseguir chegar ao meu cacifo e ir embora dali.

Não percebo porque é que as pessoas param no meu da porra do corredor só para conversarem. Do tipo, não podem meter-se mais para o lado ou algo do género?

Idiotas.

Abanei a cabeça, chegando finalmente ao meu cacifo. Fazendo a combinação de três números que me deram no início do ano, abri o cacifo, metendo as coisas lá dentro à balda e fechei-o de novo.

O meu telemóvel vibrou no meu bolso e soltei um grunhido de frustração. Porque é que está toda a gente a sair na direção oposta à minha?

Tirei-o do bolso, empurrando alguns miúdos que iam a correr pelos corredores enquanto fazia o meu caminho até às portas duplas que conduziam ao exterior.

De: Desconhecido

“Vem cá fora.”

Franzi as sobrancelhas, confusa. A minha barriga contorceu-se.

Danger [Português/Adaptada]Onde histórias criam vida. Descubra agora