Capítulo 44 - "Desejo-te tanto, babe"

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Ross’ POV:

- O que se passa contigo? – Perguntou Sara no momento em que saí do carro e me dirigi a ela.

Amaldiçoei mentalmente a capacidade de ela reparar nas mais pequenas coisas em mim. Por exemplo, quando o meu estado de espírito muda, ela sente.

Encolhi os ombros, colocando o braço à volta dos seus.

- Nada.

Um suspiro pesado escapou dos seus lábios perfeitos em forma de coração.

- Tu dizes isso sempre que eu te pergunto – murmurou.

- Então porque é que continuas a perguntar se já sabes qual vai ser a minha resposta? – Ri-me, apertando-a.

Ela revirou os olhos.

- Porque às vezes gostava que simplesmente falasses comigo em vez de me mentires a toda a hora.

Franzi a testa, afastando-me dela.

- Calma aí babe, eu nunca te menti.

- Mentiste sim, e continuas a fazê-lo – constatou com convicção – Sempre que eu te pergunto o que se passa, quando, para tua informação, sei que há qualquer coisa a perturbar-te, tu dizes sempre que não há nada, quando eu sei que há. Estou contigo há tempo suficiente para poder dizer quando não estás propriamente a dizer a verdade.

- Ai sim? – Ri-me uma vez mais – O que é que te faz pensar que estou a mentir agora? – Olhei para ela, divertido.

- Bem, primeiro, bateste com a porta do carro quando saíste e se não estou enganada, quase me mataste quando fui eu a fazê-lo. Tu tratas os teus carros como se fossem o teu bem mais valioso e segundo – ergueu dois dedos – Estavas com cara de quem queria matar alguém.

Assenti com a cabeça, impressionado com as suas analogias.

- Nada mau – sorri – Nada mau mesmo.

Ela sorriu vitoriosa.

- Mas – ergui um dedo, fazendo-a franzir as sobrancelhas – O que te faz pensar que eu nunca menti quando tinha uma cara normal? Quer dizer, sejamos honestos babe, quando vives com o estilo de vida que eu vivo, mentir é o teu nome do meio – sorri-lhe – Para além disso, é demasiado cedo. Tu esperas mesmo que eu fique feliz por isso?

- Eu simplesmente… – Franziu os lábios – Sei que não estavas a mentir…

Decidi brincar com ela mais um bocado.

- Bem, talvez quando eu te disse algumas coisas, estava a mentir. Quer dizer, como é que tu sabes que não estava? – Podia dizer que a tinha afetado ligeiramente porque ela começou a balançar-se sobre os pés, pensando numa maneira de me responder – Talvez tenha mentido quando te disse que eras sexy – sorri.

- Não, não mentiste!

Controlei o meu riso.

- Como é que sabes? – Ergui a sobrancelha.

Franziu os lábios.

- Porque não me ias mentir em relação a isso.

- Babe, tens-me em demasiado boa consideração – ri-me.

Ela cruzou os braços, e fechou os olhos virando-se para a parede oposta a onde nós estávamos.

- Sou sexy e sei disso.

Não aguentava mais a fofura dela. Chamem-me maluco, mas esta rapariga é simplesmente adorável. Desatei a rir vendo-a fazer uma expressão cada vez mais franzida.

Danger [Português/Adaptada]Onde histórias criam vida. Descubra agora