Peace of mind

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Minha filha segurou minha mao até chegarmos no hospital onde tiraram ela de mim e a levaram pra uma sala. Liguei para Louis e contei tudo oque tinha acontecido ele é Harry estão vindo pra minha casa.
Antônio estava no hospital comigo e haviam vários paparazzis do lado de fora.

-Antonio me faz um favor?

-Sim? -virou-se pra mim.

-Va na minha casa e peça pra Leila colocar roupas quentes em uma mochila pra Milla, diga pra pegar um casaco grande meu também e touca ou boné.

-Sim senhor.

- Não sei se vou demorar aqui. Não fale com paparazzis por favor.

-Nao vou -se levantou e saiu.

Eu estava na recepção e todos olhavam pra mim. Não sei se era por causa da quantidade de sangue na minha roupa ou se era porque o Bruno Mars está aqui. Apenas me olham.

-Senhor Hernandez?

-Sou eu -me levanto

-O senhor já pode ver sua filha.

Depois de 5 horas de espera sentado naquele banco de hospital. Aquele cheiro de álcool e produtos de limpeza ardendo ao entrar nas narinas. O suor escorrendo pelo meu rosto. O nervosismo...
Finalmente ia vê-la ia trocá-la.

-Boa noite.

-Boa noite doutor. Oque ela tem?

-Bom ela está se recuperando de uma cirurgia né? -abre a porta da sala e da a frente pra que eu passe.

-Sim. Ela fez uma cirurgia no joelho a pouco tempo.

-Ela nos contou. O corte que foi feito nas costas dela foi profundo, mas por sorte só pegou músculo. Ela vai sentir dificuldade de levantar por um tempo, por conta da dor. -Ele se vira pra enfermeira trocando o soro. -Traga aquela lista de remédios que te disse pra escrever?

-Sim senhor -Ela sai da sala.

-Ela está com cortes e arranhões por todo o corpo. Tem que ficar com a faixa no tórax por pelo menos duas semanas, o joelho o mesmo cuidado de antes, mas evite que ela suba ou desça escadas. Sua filha é muito forte senhor Hernandez. Passou por todos os exames acordada é ciente de tudo oque estava acontecendo. Costurei três cortes nela. O das costas, um no pescoço abaixo da nuca e um no pulso.

-Aqui senhor -A moça entregou a lista de remédios.

-Sao remédios para dor, febre, inflamação e para facilitar a cicatrização. Também tem pomadas para as queimaduras nos pulsos e tornozelos. Parece que foi amarrada com cabos de aço bem apertado.
A visão dela vai ficar um pouco turva por causa de um exame que fizemos pra filetar a pupila dela. E é isso. Ela pode voltar hoje pra casa. Caso ela tenha vômitos traga-a de volta.

-Obrigado doutor. - peguei a receita da mão do médico. -Eu tenho que assinar algum documento ou alguma coisa?

-Nao senhor. -pegou um cartão no bolso -Esse é meu telefone senhor. Sei que é complicado sair de casa para o senhor. Estarei de folga a partir das 2AM. Me ligue se precisar.

-Obrigado.

-Vou buscar a cadeira de rodas pra ela. Jajá ela acorda. -Saiu da sala.

Senti vontade de chorar ao ver minha menininha daquele jeito. Os braços arranhados os olhos inchados roxos, suas pernas marcadas, as mãos. Tão frágil. Meu olhos se encheram de lágrimas. Mas eu tenho que ser forte! Ela está de baixo da minha proteção agora. Sobre o meu cuidado.

-Oi -Digo ao ver que ela abriu os olhos.

-Pai? -Pergunta confusa.

-Sou eu querida.

-Nao consigo te ver direito...

- É por causa da medicação querida. Jajá passa.

-Okay. Quem trocou minhas roupas? Por que estou com essa camisola feia?

-Alguma enfermeira colocou em você meu anjo. Pra poderem fazer todos os curativos.

-Ah sim... Entendi. Eu posso me sentar?

-Melhor não querida. Fique deitadinho sim?

-Okay pai.

Meu coração se acalmou ao ver que ela estava relativamente bem. Estava falando se comunicando bem comigo. Parecia estar mais tranquila agora.
O médico não demorou em chegar com a cadeira de rodas. Tirou os fios e tubos da minha pequena com cuidado.
Colocou a na cadeira devagar a segurando com leveza. Com medo.

-Diga a seu motorista entra no estacionamento dos médicos. -me entregou o cartão. -Vou leva-la até lá.

-Okay.

Entendi que por lá não haveriam paparazzis e nem jornalistas por perto.
Entreguei o cartão a Antônio que esperava aflito na recepção e peguei a mochila com as roupas. Voltei pra sala onde minha filha estava conversando com o médico.

-Trouxe roupas pra você. -O médico cortiça com uma lanterna nos olhos dela.

-Obrigada pai... Alguém pode me ajudar a me vestir?

-Vou chamar uma enfermeira. -o médico se levanta e sai voltando rápido com uma enfermeira magra e alta.

-Tenho que ir senhor Hernandez. Tenho mais um paciente.

-Obrigado doutor.

Fiquei na sala junto com a enfermeira e minha filha. Mexia no celular enquanto ela se vestia. Estando pronta, peguei o casaco e o boné. Coloquei a mochila nas costas e a enfermeira terminou colocando uma tipóia com todo o cuidado no braço todo arranhado.

-Eu não posso por ban-daids nos machucados? -pergunta olhando com os olhos espremidos pra enfermeira.

-Nao pode não. Eles abafam a ferida e demora pra cicatrizar.

-Ah sim. Entendi.

A enfermeira empurrou a cadeira até a porta do estacionamento. Peguei minha filha no colo ao ver o meu carro parado a alguns passos de nós. Agradeci e sai. Minha pequena parecia dormir de tão quietinha. Joguei o casaco nas costas dela, ela escondeu o rosto no meu pescoço deixando os cabelos caírem por meu ombro. Coloquei o nome com a aba virada pra frente tanta do cobrir meu rosto. Antônio abriu a porta do carro e me ajudou a colocá-la com cuidado. Entrei e a deitei no meu colo. Finalmente fomos pra casa.
Chegando em casa vejo o carro de Harry parado no jardim da frente. Milla dormia no meu colo. A senti quente ao encostar o rosto em sua testa.
Me despedi de Antônio e entrei com ela no colo. Harry e Louis se levantaram ao me ver. Leila não havia ido embora ainda. Me sentei no sofá com ela ainda no colo. E pedi a Leila pra que trouxesse o puff da sala de música.
Leila e Louis encheram o sofá de travesseiros enquanto eu tomava banho e tirava a roupa suja de sangue. Harry segurava Milla como se ela fosse um bebê. E ainda dormia. A colocamos no sofá deitada. E Louis saiu pra buscar os remédios na farmácia. Minha pequena acordou e conversava com Harry enquanto eu pagava uma grana extra a Leila que ficou por mais tempo que o combinado em seu contrato, então ela foi pra sua casa.
Estávamos finalmente em paz.

Daddy - Bruno MarsOnde histórias criam vida. Descubra agora