Dona de uma posição admirável e idolatrada na cidade de Paris, Ladybug, mais conhecida como Marinette Dupain Cheng, quando não está vestindo seu traje de joaninha, a garota de cabelos azulados mesmo sem notar atrai olhares de todas as direções, meno...
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O coração de Marinette palpitou enquanto ela ainda estava de pé, caminhando elegantemente sobre o tapete vermelho em direção ao seu lugar, quando seus olhos se depararam com o sorriso divinamente encantador de Adrien e aquela piscadela de olhos que apesar de um simples gesto, era muito para Marinette e também para as outras garotas presentes que diziam que aquele piscar de olhos havia sido para ela. Mas, apenas Adrien podia dizer para quem havia sido aquela tentativa de um flerte, e ele esperava profundamente que a pessoa para quem ele havia enviado, tivesse recebido a mensagem.
Feliz por finalmente poder desconfiar que aquele gesto pudesse ter sido dirigido a ela, a garota correspondeu ao loiro com um sutil no rosto. Não queria parecer convencida e chamar a atenção dos outros, mais do que já havia chamado por ter chegado atrasada em um evento como aqueles.
Adrien continuou a desfilar pela passarela e Marinette, por alguns segundos, foi capaz de tirar seus olhos azuis como o céu, da passarela onde os modelos desfilavam e os-correu por todo o salão auditorial, onde estava sendo realizado o desfile. O modo como as mesas e cadeiras estavam organizadas, era ótimo e ocupava todo o espaço que podia ser usado. As cores e o modo como tudo havia sido feito e projetado eram perfeitos, e Marinette duvidava que pudessem fazer algo melhor que aquilo. Mas, mesmo que o desfile fosse em um lixão ou em um edifício velho que estivesse caindo aos pedaços, Marinette sabia que estaria um sucesso, assim como aqui e agora estava. Se bem que ela não podia afirmar que a palavra “sucesso” pudesse definir exatamente o quão bem-sucedido o evento estava sendo.
Repleto por pessoas com grandes nomes no mundo da moda, (e por outras que mesmo que nem estivessem envolvidas no ramo, mas causavam impacto e influência na sociedade, apenas por existirem), era o suficiente para Marinette saber que na manhã seguinte, a matéria de capa dos maiores jornais da França, seria o evento caridoso de Gabriel Agreste. Este sim era um fato que Marinette podia afirmar sem receios, e ela sabia que todos ali iriam concordar, caso ela fosse perguntar.
Com pouco mais de dez anos, estrelando no mundo da moda, a carreira de Gabriel parecia estar sempre decolando avante. Deslanchando. Se existisse uma maré da sorte, Gabriel surfaria por ela com naturalidade, leveza e tranquilidade, sempre preparando-se para as ondas que poderiam fazê-lo cair e adaptando-se a elas, manejando sua prancha perfeitamente. Seu rumo era alcançar o inalcançável, e inacreditavelmente, ele se aproximava a cada dia mais daquele objetivo.
Atentamente, os presentes contemplavam as novas obras do estilista, conhecido como “deus da moda”. Estavam ansiosas para um dia poder usá-las em seus corpos, e não apenas olhar os modelos usando-as. Amanhã, os fãs já estariam batalhado com unhas e dentes por aquelas peças belas e aqueles que odiavam a Gabriel, estariam difamando a sua imagem e profanando-o com suas palavras maldosas e palavrões. Marinette sabia disso. Adrien sabia disso. Gabriel sabia disso e já estava preparado para o ódio gratuito, no instante em que se tornou famoso. E ser odiado por alguns era um pequeno preço a se pagar, quando ele podia usufruir de todo o amor dos seus admiradores.
