Miraculous - Um amor Inimaginável

VINTE E OITO

Marinette entrou pela porta de vidro da padaria de seu pai com um sorriso de uma orelha a outra, cumprimentou o pai com um beijo no rosto e subiu as escadas, apressada, mas tomando cuidado entre um degrau e outro, para não tropeçar com aquele salto enorme que ela usava. Marinette nunca tinha sentido prazer em fazer algo mal contra alguém, mas nada na sua vida foi tão bom quanto ver Chloe Bourgeois sair a passadas largas e com os olhos cheios de lágrima do colégio. Ela se sentiu humilhada — novamente —, durante um segundo, Marinette quase sentiu pena da loira oxigenada, mas apenas quase. Ela não queria ter que fazer tudo isso, mas já estava mais na hora de Chloe aprender a não se meter com quem não devia, alguém tinha que dar essa lição nela e talvez essa pessoa podia ser Marinette; talvez Marinette fosse o carma que o universo encarregou para Chloe.

— Bom dia, filha! — Disse Sabine quando notou a presença da filha entrando na sala.

— Bom dia, madre! — Disse Marinette dando um beijo no rosto redondo de sua mãe, emoldurando-o om as mãos.

— Que ânimo todo é esse? — Perguntou sua mãe estranhando toda a felicidade que a filha estava espalhando hoje. Já fazia dias que a filha não sorria daquela maneira.

— A vida é muito bonita para desperdiçarmos nosso tempo chorando. — *Podemos simplesmente apreciar o fato da pessoa que nós mais odiamos estar chorando.*

A mãe de Marinette sorriu para a filha e assentiu com um movimento de cabeça, não tendo palavras o suficiente para dizer o quanto concordava.

— Eu vou me trocar. — Disse Marinette passando rápido da sala de estar para a cozinha de onde vinha um cheiro incrivelmente maravilhoso.

A sua Nonna, estava de frente para o fogão cozinhando alguma coisa gostosa na panela, mexendo os ingredientes com a colher de pau.

— O que a senhora está cozinhando que emana um cheiro tão divino como estes? — Perguntou Marinette para a avó.

Gina olhou para o lado e sorriu ao ver a sua neta encostada no batente da porta entre a sala de estar e a cozinha. Ela ainda estava com aquele sorriso estampado no rosto, do qual Sabine havia comentado. O sorriso dela era simplesmente encantador, exibindo seus perfeitos dentes brancos e retos, acompanhando a curva do seu lábio inferior quando sorria. O seu sorriso era tão brilhante que podia iluminar o mundo.

Algo muito bom deve ter acontecido na escola, pensou Gina ao ver a sua netinha querida sorrindo daquela maneira.

— Bom dia, Sunshine. — Disse Gina abrindo o seu maior sorriso na direção de sua querida e única neta. — Eu estou cozinhando polenta com ratatouille. — Gina respondeu a pergunta de sua neta.

— Humm, que delicia. — Marinette inalou o cheiro que emanava das panelas de sua avó, querendo guardar aquele delicioso aroma em seus pulmões. — Eu vou me trocar e quando eu voltar, eu ajudo a senhora aqui na cozinha.

— Será um prazer tê-la como auxiliar na minha cozinha. — responder a avó de Marinette com seu dócil tom de voz e sorriso convidativo.

Marinette assentiu e voltou a correr na direção de seu quarto, subindo as escadas apressadamente e fechando o alçapão quando passou pelo mesmo. As janelas do quarto ainda estavam fechadas, mas as cortinas abertas para a claridade do dia entrar e iluminar o seu quarto, livrando-o de uma umidade indesejada e de um mofo que mais tarde poderia lhe trazer problemas e doenças respiratórias.

A azulada jogou-se na cama, sem se preocupar se iria amassar as suas roupas ou a colcha que ela havia colocado sobre o colchão, olhando até os mínimos detalhes para que ficasse impecável e não ter que ficar ouvindo reclamações contínuas de sua mãe pelo fato de seu quarto estar sempre bagunçado. Marinette pescou o seu celular que estava dentro da sua bolsa, sorrindo ao sentir o celular vibrar com uma notificação. A notificação de uma mensagem da pessoa com quem ela mais havia conversado nos últimos dois dias: Luka Couffaine.