Capítulo 6

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Pov. Camila

Eu senti meu corpo todo tremer e por um instante meu coração parar, eu estava vendo a mesma pessoa com quem sonhei um dia antes e eu só sabia disso pela toca ninja preta e os olhos incrivelmente verdes. Por alguns segundos eu não soube o que fazer, no meu sonho era aquela pessoa quem me salvava não era? Eu deveria escuta-la e obedecer suas ordens? Estava realmente perdida, até o assaltante se aproximar de nós e colocar a mão nos nossos ombros.

- Não quero machucar ninguém, só queremos o dinheiro, se colaborarem vocês saem daqui em duas horas ilesas. – era uma voz rouca e gostosa, incrivelmente confortante e para minha surpresa, feminina. – Vou colocar isso aqui em seus pulsos só por precaução. – ela prendeu nossos pulsos devagar e delicadamente com enforca gatos, e com a mão sobre meu ombro pediu para que andássemos um pouco a frente, até a área central do banco.

Olhando de cima enquanto descíamos as escadarias vi muitas pessoas, todas elas sentadas, com os braços presos assim como os meus e sacos pretos em suas cabeças, vários assaltantes estavam colocando ordem, eles se vestiam com macacões azul marinho e toca ninja preta para que não pudéssemos reconhece-los. A mulher nos sentou junto ao restante e tudo estava em silêncio, eu não podia ver nada por conta do saco que tampava toda minha visão.

- Como vocês já perceberam isto é um assalto, mas nós somos uma gang diferente, nos esforçamos ao máximo para que nenhum refém saia ferido, se colaborarem comigo vou colaborar com vocês. Está será uma ação rápida, irá durar cerca de uma hora e meia, se vocês colaborarem até menos. Já começamos a fazer a retirada de todo o dinheiro do banco, portanto continuem assim e em breve serão liberados. – a voz da mulher de olhos verdes soava alta e firme, como se fosse ela quem ditasse as regras e soubesse cada passo a dar.

- Se levanta devagarinho, você vai ficar em um sala lá em cima só por precaução. – eu me levantei com a ajuda de uma pessoa que tinha uma voz feminina, porem suave e doce.

- Pode deixar que eu levo ela, vigie os reféns. – senti a mão dela tocar suavemente minhas costas me guiando, até pararmos e ela retirar o saco da minha cabeça pra que eu pudesse subir as escadas sem me machucar, ela optou por me desamarrar e só tirar meu celular.

- Bom Camila, vou precisar da sua ajuda, preciso que abra os cofres com a sua digital pra mim.

- E porque eu faria isso?

- Porque você é uma boa mocinha e não quer ficar sem dedo, sabe que eu arrancaria ele facilmente e teria sua digital de qualquer forma, então colabore. – sua voz soou mais rude do que antes e eu senti um leve friozinho na espinha.

- OK, eu abro. – andamos pelos corredores sem que ela tirasse os olhos de mim por só minuto.

- Na escuta. – ela falava sozinha? – Estou com a Cabello indo em direção ao cofre 1, quero 3 de vocês lá pra ontem. Eu aguardo. – ela deveria ter uma escuta presa no ouvido por debaixo da touca.

Andamos quase o perímetro todo para chegarmos ao primeiro cofre, lá ficavam os penhores, joias, poses de casas e de carros e seus documentos, e armas que foram penhoradas. Assim que minha digital destravou a porta três assaltante dobraram adentrando o corredor e caminhando em nossa direção, com malas de viagem e mochilas.

- Peguem tudo que conseguirem, você vem comigo. – ela apontou pra um deles e fomos em direção aos outros cofres, quando passamos em frente ao cofre 2 pude notar que estava vazio, eles haviam retirado tudo em pouquíssimo tempo, deveriam ser muitos... Fiquei pensando quais seriam minhas chances de armar um plano como este, bom, eu com certeza seria pega de primeira. Não era muito boa com raciocínio. Despertei de meus pensamentos quando a mulher pressionou meu dedo parar abrir o terceiro cofre.

Sweet Dangerous LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora