Sweet Dangerous Love

Capítulo 18

Pov. Camila

- Mila, eu tive um pesadelo, posso dormir com você? - Sofia entrou em meu quarto arrastando o cobertor e coçando os olinhos. 

- Claro meu amor o que aconteceu no seu pesadelo?

- Te tiraram de mim, levaram pra bem longe, e você foi uma mocinha má segundo a mulher loira do meu sonho, então ela te batia muito e maltratava de você em um lugar muito feio. Parecia filme de terror... Até a morena matar ela e dizer que você estava a salvo e que ela te amava. 

- Foi só um sonho sofi, ninguém vai me machucar tá bom princesa? Agora deita aqui. - ela se aninhou em meus braços e eu acariciei seus cabelos até ver sua respiração desacelerar e pegar no sono também. 

O sol incomodava meus olhos e havia algo molhando meu pescoço. 

- Vamos perder o voo se você não acordar, dorminhoca. - uma voz que eu já reconhecia, completamente rouca soava em meus ouvidos, e a mesma pessoa beijava meu pescoço, ,e causando um arrepio extremamente gostoso. Enquanto eu me virava na cama e encontrava seus olhos, completamente hipnotizada.

- Esperava acordar com Sofia, não com você Jauregui.

- Quer dizer que é ruim acordar comigo? Tudo bem então Cabello. - ela levantou rapidamente e se trancou no banheiro me deixando sem entender sua atitude. E saiu longos minutos depois com uma toalha envolvendo seu corpo de pele alva que ainda estava molhado em grande parte.

- Quer ajuda pra se secar? - me levantei da cama e cheguei perto dela com um sorriso  preguiçoso no rosto. 

- Não preciso de ajuda pra isso, vai se arrumar, temos meia hora. - Que diabos tinha dado nela? Peguei minha toalha e fui em direção ao banheiro e durante todo o banho fiquei tentando entender as atitudes de Lauren, porque para mim não havia sentido algum no que ela estava fazendo. Sai e não havia ninguém no quarto, ótimo! Agora quem tinha se irritado repentinamente era eu. Me arrumei com calma e coloquei um vestido grudado ao corpo com tênis, pela preguiça de ter que combinar roupas, me sentei na cama e as lembranças do meu sonho vieram a tona, da ultima vez que eu sonhará, fui sequestrada, o que seria dessa vez? Será que minha família ficaria bem? Será que eu ficaria bem? 

Lagrimas silenciosas começaram a deslizar pelo meu rosto e uma agonia enorme se instalou em meu peito quando eu cai na realidade de que estava acomodada demais para alguém na minha situação. Eu tinha que voltar para minha vida. Liguei a televisão e para minha surpresa passava uma reportagem sobre meu desaparecimento e porque ainda não haviam pedido resgate, perguntavam se eu ainda estaria viva, e logo depois meus pais foram entrevistados ao sair de uma delegacia, meu pai tinha enormes olheiras e um aspecto cansado, mamãe chorava e sofi abraçava um dos meu ursinhos com seu queixinho tremendo e os olhos marejando, enquanto acariciava a mão da minha mãe, como se estivesse tentando passar forças a ela, e eu desabei, por saber que não podia voltar para casa quando quisesse, que meus ais não sabiam nem se eu estava viva, chorei por deixar sofia daquele jeito, eu ão a queria chorando. Meu peito se apertou ainda mais e eu planejei acelerar todos assaltos, eu queria ir embora dali o quanto antes, mesmo que não pudesse levar lauren comigo.

- Vamos nos atrasar se não sairmos agora. - Lauren entrou no quarto e eu desliguei a televisão no mesmo instante. - ei, porque está chorando pequena? - ela tentou me abraçar e eu a empurrei levemente e peguei a mala de roupas.

- Não é nada, podemos ir. - me virei e fui saindo com ela logo atrás de mim, a descida pelo elevador havia sido silenciosa e Lauren não tirava os olhos de mim, enquanto eu permanecia com a cabeça baixa e reparando em mínimos detalhes para não ter que pensar na situação em que estava vivendo.

O caminho até o aeroporto foi curto, e eu fingi dormir o voo todo, ficando assim um pouco distante de Lauren, pelo que estava sentido e pela arrogância com que ela tinha me tratado pela manhã. Quando entramos no carro dela que  magicamente estava no estacionamento do aeroporto e pegamos a estrada eu passei a observar a passagem e fiquei imaginando se em outra situação Lauren teria algum tipo de atração por mim ou se estava fazendo aquilo só para me manter por perto e de certa forma em suas mãos. Eu era realmente muito ingenua de pensar que uma garota como ela estava realmente interessada em mim. 

- Porque você mudou comigo do nada? - Lauren finalmente havia se pronunciado. 

- Pelo mesmo motivo que você mudou comigo do nada...