EDEN Quatro Destinos 4

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Éden permaneceu de olhos fechados, imagi­nando se teria sido um sonho. Não. Seus bra­ços ainda envolviam Nick e a pele que acariciava era quente e real, assim como o delicioso corpo dele pressionando-a contra o chão.

Sabia que aquele momento ficaria marcado para sempre em sua mente, uma lembrança que lhe ofereceria conforto e dor nos anos à frente.

Após longos minutos, Nick ergueu a cabeça e a fitou com uma expressão enternecida.

— Alguém já lhe disse que você é uma amante incrível?

— Não.

— Bem, então eu sou o primeiro. Mas você é mesmo.

— Obrigada — ela murmurou, com um sorriso tímido.

— Sério, Nick traçou com o dedo o contorno dos lábios dela antes de beijá-la de leve.

— Eu a machuquei?

— Não — Eden respondeu, feliz com a preocupação dele.

— Assim bem. Fazia tempo, não é?

— Uns trinta e quatro anos.

Nick a encarou com surpresa.

— Você está brincando... não é?

— Não.

— Ora... — Ele soltou um suspiro e ergueu os olhos para o céu estrelado. — Nem sei o que dizer.

— Não diga nada.

— Sim, mas eu me sinto...

— Por favor — ela pediu. — Não comece com senti­mentos de culpa. Afinal, fui eu que o provoquei, certo?

Nick sorriu e tornou a fitá-la.

— E verdade. — Ele apoiou o queixo numa das mãos. — Por que ficou virgem até esta idade? Não é muito comum atualmente.

— Acho que o homem certo não havia chegado para me seduzir. Ela fez uma breve pausa. — Você se incomoda com a minha idade?

— Fiquei mais preocupado com a história do homem certo — ele brincou. — E uma responsabilidade, mas acho que consigo superar o choque.

Eden riu e bateu o punho fechado no peito dele. Quando voltou a encará-lo, porém, estava séria.

— Eu quero mesmo saber. Você se incomoda por eu ser mais velha?

— Você se incomoda por eu ser mais novo? — ele con­trapôs.

— Não.

— E por eu não ter um carro para levá-la ao cinema?

— Adoro sua Harley.

— Ainda bem. Mas eu adoro muitas outras coisas tam­bém. — Inclinou a cabeça e cochichou alguma coisa no ouvido de Eden. Ela riu.

— Já?

— Sou jovem, esqueceu? Quero ver se você consegue me acompanhar.

— É um desafio? Espere só para ver.

Nick a puxou para si e Eden respondeu com um movi­mento lento e deliberado dos quadris.

— Ah, Eden, Eden...

Eden acordou em sua cama, nua e enrolada na colcha. Abriu os olhos e espreguiçou-se sorrindo. Aquela noite não havia sido um sonho. Seu corpo ainda guardava as marcas do amor.

Nick a carregara para dentro já de madrugada e os dois dormiram juntos até o amanhecer, quando Eden despertara com os beijos dele e fizeram amor uma mais vez antes de ele tomar um banho e sair para o trabalho.