Na segunda-feira antes do Dia de Ação de Graças, o telefone tocou às oito horas da manhã, despertando Eden de uma noite maldormida.
— Alô.
— Eden, é Ted.
— Oi, Ted. Como vai?
— Poderia estar melhor.
— O que houve? — Eden indagou, sentando-se na cama.
— Lamento dar essa notícia, Eden, mas a válvula hidráulica quebrou de vez.
Não havia dúvida disso para Eden. Todo o equipamento estava imprestável. A produção vinha diminuindo gradativamente e já se encontrava quase parada. Só uma máquina nova colocaria a madeireira em funcionamento outra vez, mas não havia dinheiro para isso.
Naquela noite, as irmãs Calloway reuniram-se na casa de Mariah, já que Tess recusava-se a pôr os pés na residência de Eden.
— O que vamos fazer? — Eden perguntou.
— Posso arrumar dinheiro para substituir o equipamento no começo do ano — E.Z. ofereceu. — No momento, estou impossibilitado.
— E o que faremos até lá? — Tess quis saber.
— Acho que a única solução é fechar — Seth opinou.
— Mas agora tão perto do Natal! — Eden protestou. — Não podemos despedir toda aquela gente logo nesta época.
— Sinto muito, Eden, mas acho que Seth tem razão — Ford interveio. — Mesmo que você pudesse substituir a peça, ficaria sem dinheiro para tocar as operações.
— Mas, se fecharmos agora, sei que nunca mais abriremos — Eden afirmou.
— Então, por mais que eu deteste dizer isso, não temos opção a não ser encontrar um comprador — Jo propôs. — O pessoal da região precisa dos empregos.
— Concordo com Jo — Ford declarou.
— Eu queria a madeireira para o bebê — Mariah murmurou, com os olhos cheios de lágrimas.
— Sinto muito, queria, mas vocês não têm outra escolha. E eu não esperaria até o começo do ano. Aceitaria a primeira oferta justa e legal que aparecesse.
Uma a uma, as irmãs concordavam. Mas Eden ainda se sentia como se estivesse traindo o pai. Sem dizer nada, levantou-se e pegou o casaco. Todos fizeram o mesmo. Não havia mais clima para conversas.
Eden voltou para casa deprimida. Se tinham que fechar a madeireira, pelo menos não deixaria as famílias dos funcionários desamparadas no Natal. Daria uma indenização generosa para todos, nem que para isso tivesse que gastar todas as suas economias. Ela suspirou. Uma coisa era certa. Não havia mais nada para sair errado em sua vida.
Quando Eden acordou na manhã seguinte, seu primeiro pensamento, como sempre acontecia desde que ele se fora há três semanas, foi para Nick. O segundo foi para todas as coisas que tinha a fazer. Seria um dia difícil. Precisava dar a notícia do fechamento da fábrica para os funcionários e, em seguida, ir ao banco transferir dinheiro da sua conta para a da madeireira.
Depois disso, as- coisas ficavam mais simples. Tudo o que tinha a fazer era. descobrir uma maneira de reaproximar-se de Tess e de passar o resto de sua vida sem Nick. Eden ironia e levou a mão ao estômago por causa de uma súbita sensação de enjôo. Andava tensa ultimamente.
Talvez melhorasse se comesse alguma coisa. Virou os pés para o chão e levantou-se. O movimento repentino fez sua cabeça girar. Eden tornou a sentar-se, intrigada. Aquilo nunca lhe acontecera antes. Devia estar fraca. Andava se alimentando muito mal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
EDEN Quatro Destinos 4
RomanceATENÇÃO Livro não é de minha autoria. Gostei da série e resolvi publicá-las. Essa série são de 4 autoras que se juntaram e cada uma ficou com um livro. Espero que gostem. Como uma borboleta, ela desejava voar livremente em busca do sol. Cansada de...