Capítulo 14: "Situações Desesperadoras, Soluções Desesperadas"

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Camaleão sabia que seria arriscado, mas, ele também sabia que se eles não dessem um jeito de parar Dafne Monteiro, ela iria acabar cometendo alguma grande loucura.

Atirar nele já era algo surreal, mas, ele temia que a mulher pudesse fazer algo ainda pior.

Ele concordara com o plano de Itamar e Anyelle, onde ele contaria absolutamente tudo para a polícia.

Naquele momento, ele, Anyelle, Itamar, Alyssa e Ilana estavam voltando para Pedra Dourada. A cada centímetro percorrido, ele sentia sua barriga ainda mais agoniada.

Para completar o desespero dos outros ocupantes do veículo, Camaleão contara que Dafne dissera certa vez que precisava se proteger de Daniel e, claro, que ela pedira para ele sequestrar Pedrinho, para que ela tivesse uma conversa séria com o homem.

Tudo estava fazendo sentido agora na cabeça daqueles três.

Dafne estava chantageando Daniel e era por esse motivo que ele havia ficado noivo dela.

Aquilo soava mais que sórdido, soava bizarro.

Mas, ele sabia que, de um jeito ou de outro, tudo iria se resolver.

                                                                * * * 

Dafne ainda estava no quarto de Dona Teresa quando ouvira o barulho do portão se abrindo. Ela precisava pensar rápido, mas, não sabia bem o que fazer, o que dizer.

- Agora mais essa! - ela sussurrou, enquanto olhava pela janela o carro de Daniel entrando na garagem - Ta vendo aí, Teresa? Olha o problema que tu foi me arrumar mesmo depois de morta, sua pé-no-saco!

Correra até o cadáver estirado no chão e o chutara, depois, saíra do quarto, ela já sabia o que iria fazer.

                                                                                     * * * 

Assim que Daniel entrara em casa, achara aquilo tudo muito estranho: silêncio.

Pedrinho, certamente, ainda não havia chegado do colégio, pois ainda não era horário, mas, Ilana não estava lá e ela também não estaria de plantão.

- Mãe?! - chamou ele.

- Meu amor! - Dafne descia as escadas de forma nervosa, estava quase chorando - Meu amor, eu não sei o que houve, eu acabei de encontrá-la caída lá no quarto, acho que ela convulsionou!

- Como é que é? - Daniel berrou, correndo pelas escadas.

Dafne tentava se segurar, ela tinha vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Ela estava completamente nervosa. Ela estava começando a se arrepender daquilo.

Quando a loira finalmente conseguiu alcançar Daniel, ele já estava no quarto, puxando a mãe para seus braços, gritando e chorando, ele estava desesperado.

Dafne sentia seu coração apertado, ela realmente não acreditava naquilo.

Ela estava começando a se questionar se era realmente necessário ter feito aquilo...

- Mãe! - berrava Daniel, abraçando-se ao cadáver já gélido - Mãe, pelo amor de Deus, acorda!

Daniel tentava sentir o coração da mulher, sem sucesso.

- Chama o serviço de urgência, Dafne, pelo amor de Deus! - ele berrava aos prantos e soluços.

- Eu... - ela estava tão nervosa, que as mãos e pés começavam a ficar dormentes - Eu acho que ela morreu, Daniel... Ela morreu!

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