Capítulo IX: Feridas e curativos

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"Maybe we're perfect strangers
Maybe it's not forever
Maybe intellect will change us
Maybe we'll stay together"
Perfect Strangers - Jonas Blue feat. JP Cooper

 JP Cooper

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Eu realmente não sei o que estava passando pela minha cabeça quando decidi, de repente, oferecer ajuda à Brian

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Eu realmente não sei o que estava passando pela minha cabeça quando decidi, de repente, oferecer ajuda à Brian. Talvez eu estivesse realmente sentida pelas coisas horríveis que Johann estava dizendo a ele. Eu realmente não sei, mas já que estava ali, iria ajudá-lo.

Seria impossível ficar na quadra com toda a bagunça que os dois tinham causado e, a essa hora, todas as salas estariam trancadas. Brian pegou a sua mochila no primeiro degrau da arquibancada e me encarou, perguntando silenciosamente onde nós poderíamos ir. Eu pensei muito, até me lembrar do que Evan tinha dito mais cedo.

Quando nós chegamos no mesmo auditório onde eu tinha feito a audição hoje pela manhã, percebi que havia sido uma boa ideia e estava vazio como achei que estaria. Antes,  eu tive que parar na enfermaria para pegar um kit de primeiros socorros e Brian andou o caminho inteiro até aqui murmurando que não iria até lá porque é o local onde Johann está, agora, tratando os ferimentos acusados pelos socos que recebeu. Muito bem dados, aliás, já que ele estava merecendo.

— Você, realmente, não precisa fazer isso — disse Brian quando nos sentamos, mirando seus olhos azuis nos meus. — Eu não lembro nem o seu nome, desculpa.

— Tudo bem, eu não me importo de ajudar — respondi, prendendo os cabelos enquanto ele ainda me encarava. Quando abaixei as mãos, que antes seguravam os fios loiros, para o colo, ele desviou o olhar para o palco.

Abri a caixinha branca e comecei a limpar o sangue da sua mão. A essa altura, eu não sabia mais a quem ele pertenceu antes de estar entre os seus dedos. Brian também tinha alguns cortes e eu fiz o que era necessário dentro do possível. Enquanto limpava os ferimentos, percebi o quanto minha mão era pequena perto da sua, mas tratei logo de afastar qualquer pensamento e acabar logo com isso. Sorri quando acabei e levantei a sua mão até estar na altura dos seus olhos.

— Viu, novinha em folha — brinquei e ele sorriu, uma fileira de lindos dentes brancos.

— Obrigado, de verdade — agradeceu enquanto eu guardava o que tinha usado. — Eu não sei o seu nome.

Sobre poemas anônimos, garotos e amor - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora