Sobre poemas anônimos, garotos e amor - Livro I [COMPLETO]

Capítulo XXXVIII: Eterno enquanto dure

"You look so beautiful in this light
Your silhouette over me
The way it brings out the blue in your eyes
Is the Tenerife Sea
And all of the voices surrounding us here
they just fade out when you take a breath
Just say the word
and they'll all disappear into the wilderness"
Tenerife Sea — Ed Sheeran

O baile estava perfeito. Como sempre, Louisie havia feito um ótimo trabalho e tudo estava lindo, melhor até do que eu imaginava.

— No que estava pensando? — Brian me perguntou, chegando com os copos que foi buscar.

Ele havia começado com essa mania de me perguntar o que eu estava pensando há alguns dias, com a explicação de que "pensamentos dizem muito mais sobre nós do que aquilo que falamos em voz alta".

— Estava pensando no baile, em como tudo está lindo e no belo trabalho que Lou fez — respondi enquanto ele se sentava ao meu lado.

— É a Louisie. Ela não ia aceitar nada menos do que a perfeição — completou.

Puxei o celular da pequena bolsa que eu carregava, olhando as horas. Após guarda-lo, voltei a observar Brian, que levantou uma sobrancelha para mim.

— Vamos sair daqui — eu disse, ficando de pé e ele fez o mesmo, o semblante um pouco confuso.

— O que você quiser. — Deu de ombros.

Segurei em sua mão, andando até a saída da escola e, depois, até a parte de trás dela. Ali, havia um pequeno gazebo, que quase nunca era utilizado. Com a ajuda de Louisie e aproveitando alguns materiais que sobraram da decoração do baile, eu tinha feito algo para nós. Minha pequena surpresa para Brian.

— É simples e pequeno, principalmente perto de tudo o que você fez e faz por mim, porém foi o modo como eu consegui retribuir — expliquei ao mesmo tempo em que subíamos os pequenos degraus.

Brian deu uma volta no local, olhando o que eu havia preparado com a ajuda da minha amiga. As flores, as luzes, cada coisa havia sido escolhida para combinar e ficar perfeito. A noite tinha ser perfeita.