Capítulo XI: Nada de ruim pode nos abalar

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"Let it be, let it be
Let it be, let it be
There will be an answer, let it be"
Let It Be - The Beatles

"Let it be, let it beLet it be, let it beThere will be an answer, let it be"Let It Be - The Beatles

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Entrar na escola no dia seguinte à decisão para capitão não foi a melhor coisa que eu fiz hoje

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Entrar na escola no dia seguinte à decisão para capitão não foi a melhor coisa que eu fiz hoje. Todo o colégio tinha apenas um rosto: Johann Adams.

Logo na porta de entrada, havia duas líderes de torcida paradas, sorrindo como se seus músculos tivessem sido paralisados daquela forma, entregando panfletos que eu só descobri do que se tratavam quando chegou a minha vez. O papel preto com letras em dourado convidava todos os alunos para a festa à fantasia que seria feita amanhã, na casa de Johann, a fim de comemorar a sua vitória. Estava me perguntando como as pessoas que vão conseguirão uma fantasia até amanhã à noite.

Porém, é claro que eu não iria.

— Vocês vão à festa amanhã? — Foi a primeira coisa que ouvi quando entrei na sala, vindo de Karyn.

— Eu preciso estar lá — Evan respondeu com uma cara nem um pouco animada. — Na verdade, o time inteiro precisa estar, até mesmo Brian.

Sentei na minha cadeira, atrás de Karyn, que me encarou, perguntando se eu já tinha visto a lista de músicos que foram aceitos na orquestra e respondi dizendo que ainda não tive coragem de olhar. A lista estava no corredor, mas eu passei o mais longe possível dela. Tinha medo de não encontrar meu nome entre os selecionados. Definitivamente, não sei o que faria caso não fosse aceita.

— Também preciso ir, por causa das líderes — comentou Louisie e sorriu para nós. — Por que não vamos todos? Assim, continuamos entre amigos e não precisamos aguentar o resto da escola inteira dentro daquela casa. Vamos, por favor! Também podemos apoiar o Brian, já que precisa estar lá.

E foi desse jeito que ela nos convenceu a ir para um lugar que não queremos ir, com pessoas com quem não queremos manter contato e, o pior de tudo isso, em comemoração à vitória de alguém que nós nem sequer suportamos.

Eles começaram a conversar sobre as fantasias, ignorando completamente a presença do professor na sala de aula. Evan usaria uma fantasia de Batman, que ele disse ter comprado no Halloween passado, pois não queria gastar dinheiro com isso, e Louisie, dizendo que não queria fazer o tipo de casal clichê, iria de Daphne, do Scooby Doo. Karyn não tinha certeza do que usaria, mas disse que estava pensando na Vanellope, do Detona Ralph. Eu, no entanto, ainda não fazia ideia do que usaria e, para piorar, tinha pouco tempo para decidir.

Saí da sala de aula e fui direto para o corredor, decidida a dar um fim na agonia de não saber se tinha entrado ou não para o grupo de música

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Saí da sala de aula e fui direto para o corredor, decidida a dar um fim na agonia de não saber se tinha entrado ou não para o grupo de música. Parei em frente ao mural de avisos, onde se encontrava a folha com o nome dos selecionados. A maioria dos alunos já tinha olhado se estavam ou não com os seus nomes na folha branca, então, só tinha eu ali, tentando criar coragem para ver.

Quando finalmente consegui dar um passo à frente, passei os olhos por todos os nomes e senti um desespero quando não vi o meu ali. Olhei uma, duas, três vezes e nada. Nada se materializou de repente, como se fosse mágica, nem mesmo com abracadabra ou bibidi bobidi bu. Eu não havia sido escolhida e não sabia o que estava sentindo naquele momento.

Voltei a andar pelo corredor, procurando alguma das meninas, até ver Louisie vindo à minha direção, com sua roupa de líder de torcida e um par de pompons balançando em suas mãos. Ela sorria, radiante, até olhar para mim.

— O que houve, El?

— Acabei de ver a lista dos aprovados na audição.

— E aí? Quando começam os ensaios?                                                                       

— Eu não passei, Lou. — Sem querer admitir a minha derrota, não levantei meus olhos enquanto falava.

Num piscar de olhos, senti seus braços ao meu redor enquanto ela meabraçava, mas não chorei. Não queriachorar. Haveria outras chances, não é? Eu teria outra oportunidade de mostrarque eu era capaz de fazer o meu melhor. E não seria uma audição para o grupo demúsica da escola que determinaria o meu potencial. Não era isso que falaria se eu sou boa ou não no que eu faço.

— Mas eu estou bem, Lou, juro — respondi quando finalmente pude olhar no seu rosto. Ela me analisou de cima a baixo, como se ponderasse se eu estava falando a verdade ou não.

— Vamos pensar em outra coisa para fazer, amiga — ela disse, abraçando-me de lado e me arrastando consigo pelo extenso corredor. — Vamos procurar uma fantasia para você, passar a noite na casa da Ka e esquecer tudo o que está acontecendo de ruim. Vamos apenas comemorar. Comemorar que temos pessoas maravilhosas na nossa vida, que se preocupam conosco e que fazem de tudo para nos verem felizes. Vamos apenas viver, do melhor modo que pudermos, como se nada de ruim pudesse nos abalar.

 Vamos apenas viver, do melhor modo que pudermos, como se nada de ruim pudesse nos abalar

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* O gif do capítulo ficou pesado demais para ser postado aqui :c

Oioi, pessoal! Eu passei aqui pra agradecer a vocês pelos 7k que a história já alcançou! Ainda nem estou acreditando e não tenho nem palavras para descrever a minha felicidade em saber que SPAGA está alcançando patamares que eu nem achei possível.

Muito obrigado a cada um de vocês que contribuem com seus olhinhos, estrelinhas e comentários para que todos esses personagens alcancem o mundo. Sou muito grata a vocês!

Temos apenas mais um poema e, então, o capítulo 12, provavelmente, será o último da primeira parte da história. Estou muito ansiosa para saber o que vocês acharão da segunda parte. Nos vemos nos próximos capítulos! <3

Sobre poemas anônimos, garotos e amor - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora