34. roubando galinhas

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SPRING RIVER

— Pode repassar a denúncia de novo,
senhor? — a mulher fardada olhou para o velho ao meu lado.

Eu ia começar a falar também, mas a policial me mandou um olhar mortal. Estremeci.

Carambolas, eu estou tão ferrada!

— Claro que posso. Bem, hoje de manhã eu alimentei minhas galinhas, e de tarde quando cheguei do trabalho, elas não estavam mas lá. Eu segui o rastro de penas, e então eu vi esta mocinha segurando minhas galinhas! Quero denuncia-lá imediatamente por roubo de galinhas.

— Senhor, peço que tenha calma pois..

— EU NÃO ROUBEI AS SUAS GALINHAS, MOÇO!! EU TENHO CARA DE LADRA DE GALINHAS? — gritei, chamando a atenção deles. O velho levantou as sobrancelhas. — Não responda por favor, foi uma pergunta retórica.

— De acordo com sua ficha criminal, Senhorita River, esse alarido é o..

— Eu nem tenho ficha criminal! Eu tenho dezessete anos, moça! Quer dizer, moça não, majestade. — me ajeitei na cadeira. — Eu nem sei o que é alarido!

— Você mencionou que já roubou uma loja chamada.. — a policial rebateu, olhando num papel — Americanas.

— Eu nunca me arrependi tanto quando ter roubado, eu juro. Foi minha amiga Winter que me induziu, ela disse que eu era uma bobona! E eu prometo que devolvi no dia seguinte.

O velho das galinhas ia começar a falar alguma coisa, mas vi um grupo de adolescentes na porta.

Tentei correr até eles mas outro policial me barrou. A policial saiu até Winter e as duas começaram a conversar, minutos depois, ela se põe a minha frente.

— Preciso que você venha conosco, River.

— Mas ela roubou minhas galinhas! — o velho levantou, alterado.

— Eu não roubei nada! — Neste momento Nash olhou pra mim, apontando para a porta com o olhar.

— Você não me engana, sua malandrinha. Não saio daqui sem minhas galinhas.

Nash fez de novo o sinal, sem paciência. Suspirei, correndo até à porta o mais rápido que eu pude.

— Ei! — o velho das galinhas foi atrás de mim — Volte aqui, sua ladra!

— Corre! — Summer gritou quando alguns policiais pararam na mesma porta.

A mesma correu disparado até a rua. Sem tempo pra pensar, sinto as mãos de Nash me agarrarem pra fora daquele lugar.

— O que deu em você pra roubar galinhas, Spring? — Winter gritou perto de mim, enquanto eu via a delegacia desaparecer da minha vista.

— Eu não roubei as galinhas! Eu estava caminhando até a casa de Summer quando eu as vi, ai eu pensei "oras, que galinhas fofinhas", e então quando eu fui segurar a galinha o velho apareceu e me arrastou a delegacia! — expliquei, recuperando o fôlego.

— MAS GALINHAS NÃO SÃO FOFAS!

— OK, NÃO GRITA COMIGO! EU NÃO PENSEI NISSO NA HORA! — gritei junto.

Um silêncio tenso se instalou e tudo que podíamos ouvir era os sons dos carros. Depois de uns segundos, ouvi Nash explodir em gargalhadas.

— Hey! Isso não tem graça! — tentei manter me séria, em vão, já que acabei caindo na risada junto. — Okay, talvez seja um pouquinho engraçado.

— Um pouquinho? — ele gritou em meio aos risos de novo. Virei para o lado, mas o grupo já tinha sumido de novo. — Pra onde eu posso te levar, ladra de galinhas?

— Não sei..? Para casa de Summer, eu acho. — deu de ombros e Nash olhou para os lados.

— Cadê todo mundo? — Nash me olhou com os olhos arregalados.

— Talvez tenham ido para casa ou algo do tipo.. — falei pensando mas logo parei quando vi o mesmo levar as mãos para cabeça. — O que foi? Não me diga que..

— Não temos carro então.

— Ah, meu Deus.. — tentei pensar em alguma coisa mas foi em vão.

— Spy, corre! — Nash falou começando a correr. Olhei para trás confusa, vendo o velho das galinhas começando a correr.

— Ah, minha santa Luizinha! — gritei, correndo atrás de Nash e não tendo um sinal de Winter. Olhamos para trás e percebemos que o velho estava longe de novo, Grier parou mas eu não, acabei por cair em cima dele.

Saímos — quase — rolando até um beco próximo, fazendo o homem passar direto. Gemi, passando a mão pelas minhas costas.

A respiração engraçada de Nash estava colada à minha. Encarei seus olhos, como em todas as vezes em que estávamos juntos.

— Seria muito estranho se eu te beijasse agora? — ele perguntou, colando seus lábios aos meus ouvidos.

— É claro que seria.

— Ótimo.

Senti seus lábios me preenchendo e um sorriso começar a crescer. Não aguentei e comecei a gargalhar, atrapalhando o beijo.

— Desculpa! — ri ainda mais quando ele formou um bico.

— Você me paga!


valeu danieli pelo cap eh nois

xoxo, t

SPRING ➶ n. grierOnde histórias criam vida. Descubra agora