62. escolha fatal

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SPRING RIVER

Eu estava na mesma posição de uns dias atrás enquanto Nash me conduzia a fazer alguns movimentos no seu colo. Eu me sentia completamente entregue e pronta para fazer qualquer coisa a cada gemido que saia involuntariamente da minha boca.

E ele também.

Nash afastou sua cueca, parte de mim estava tensa mas a outra parte estava perdida a cada sensação que sua boca proporcionava sobre meu corpo. Me livrei da última peça que me cobria, receosa.

— ESPERA! — gritei. — Esquecemos a camisinha!

— Não precisamos disso.. — ele murmurou, não dando muito importante pois afinal de contas ele estava perdido em volta do meu pescoço.

— Sabe do que eu também não preciso? Se uma DST. Ou de um filho no meu útero. — me afastei. Nash revirou os olhos, impaciente.

— Tudo bem. Você tem camisinha?

— Claro que não. — fiz uma expressão de obviedade.

— Então da onde você quer que eu arrume camisinha?

— Eu não sei.. você deveria ter isso! Vá comprar agora então. — cruzei os braços.

Nash passou as mãos pela face, nervoso.

Eu sabia o quanto ele queria isso e a ereção no meio das suas pernas não dizia o contrário.

Mas ele andava tão nervoso e apressado ultimamente que me fazia questionar o quão eu queria isso.

— Você não pode tomar uma pílula e está tudo bem? — ele sugeriu, logo em seguida negando a ideia quando viu que eu estava pronta para falar. — Ok, ok, entendi. Eu vou comprar.

O menino de olhos claros vestiu suas roupas e bateu porta a fora, apressado. Era engraçado o volume nas suas calças e o jeito que ele tentava escondê-las.

Me enrolei em alguma toalha qualquer e cinco minutos depois, ouvi a campainha tocar.

— Você foi rápido, eu.. — abri a porta, me assustando com a imagem diante a mim. — Aaron.

Senti seus olhos por todo o meu corpo e cruzei os braços, num ato desconfortável.

— Nós precisamos conversar. — ele engoliu em seco.

— Não é a melhor hora, mas..

Senti ele se aproximando indevidamente de mim enquanto eu fechava a porta tara de nós.

Ele queria me beijar.

Nash havia saído a poucos minutos e a confusão foi instalada na minha mente.

Aaron também andava estranho ultimamente. Ele estava mais irônico e cheio de si, como se tivesse algo em suas mãos. Como se pudesse chegar na minha casa e me beijar sem mais nem menos.

— Aaron, eu.. — tentei  soar alto. Seus dedos apenas se dirigiram a minha boca, num toque de silêncio.

Ele se aproximava mais e mais fazendo minha respiração se descompassar, mais não de ansiedade, de medo.

— Eu não posso. Eu estou com o Nash.

Só Deus sabia quanta força eu tivera que reunir para falar aquela simples frase.

Uma simples frase que fez o menino a minha frente me encarar profundamente, como se quisesse falar algo. Segundos depois, nada saiu da sua boca.

Talvez alguns minutos tiveram se passado ali onde eu não tinha percebido se ele tinha saído ou não. Eu estava muito ocupada tentando assimilar as coisas na minha mente.

— Trouxe camisinhas!

SPRING ➶ n. grierOnde histórias criam vida. Descubra agora