45. dark spring

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SPRING RIVER

Terminei de vestir as roupas pretas que Winter havia esquecido em casa. Eram roupas apertadas e escuras, na qual me fizeram sentir desconfortável. Mas eu estava cansada de ser a mesma Spring de sempre.

No caminho pra escola, encontrei com a mesma.

— Número um, por que você está vestindo as minhas roupas? — Winter me olhou estranho. — Número dois, por que está assim e número três o que aconteceu com você?

— Renovei. Agora não sou mais bobona. — dei de ombros, bagunçando o meu cabelo como Winter sempre faz com o dela.

— Pare de me imitar, está me irritando. — Ela revirou os olhos. — você bateu a cabeça, Spring?

— Não é mais Spring, agora é Dark Spring.

— Isso foi porquê a Autumn te disse aquelas coisas? Eu já te pedi pra esquecer disso, Sp.. — espreitei meus olhos para ela. — Dark Spring.

— É claro que não, tá legal? Eu estou pouco me fodendo para a Autumn. Agora eu sou uma menina má, Winter.

A boca de Winter se formou em um "O" antes dela explodir em gargalhadas, não me levando a sério.

Bufei, seguindo caminho contrário a ela no corredor da escola.

Esbarrei em alguém, o que me fez cair no chão. Bom, as roupas apertadas não ajudaram na queda.

— Oh, me desculpe.. Spring? — um menino desconhecido me estendeu a mão.

— Eu te conheço? — arqueei as sobrancelhas.

Menina má, Spring, menina má.

— Eu sento na sua frente na aula de francês. — ele passou a mão pela nuca. Reparei em cada canto do seu rosto, desde suas sobrancelhas juntas ao seu cabelo que não se mexia por nada. — Você está bem? Está estranha.

Bufei de novo, me livrando do seu toque.

— Você não me conhece. — caminhei para a minha sala.

— Aaron Carpenter, aliás.

Revirei meus olhos novamente, imitando o que a Winter sempre fazia.

— Spring? — Summer arqueou as sobrancelhas. — Por que está vestida como prostituta dos anos 80?

— Porque eu mudei. — depositei meus livros sobre a carteira, colocando minhas botas de couro em cima da mesa.

Summer e Autumn logo começaram a gargalhar. Por que ninguém está me levando a sério?

— Você está bem mesmo? — Autumn franziu os lábios, segurando o riso.

— Cheguei e... Spring? — e então Johnson chegou. — Está fantasia de prostituta dos anos 80?

— Foi isso o que eu disse! — Summer levantou a mão, rindo. Jack e ela fizeram um toque.

— Agora eu sou uma menina má. Eu faço o que eu quiser. Então, por favor, parem de encher a merda do meu saco. E agora é Dark Spring. — esbravejei.

Todos me encararam, prontos para rir de novo. Ignorei-os, focando meu olhar na única pessoa que eu realmente queria encontrar.

Nash estava afastado com os olhos fixos no chão, como se quisesse ignorar nossa presença. Como uma sincronia, seu olhar se encontrou com o meu, e quando eu fui sorrir, ele desviou novamente.

Algo está errado. A velha Spring usaria uma expressão velha mas eu não sou mais a velha Spring.

A Mr. Tinashee entrou na sala, dando início à aula.

Corri da sala o mais rápido que pude quando vi Nash sair também, sozinho. Com um movimento, o puxei até a salinha dos matérias de limpeza.

Terminei de trancar a porta e então ele arqueou as sobrancelhas.

— Nash.

— Spaby..? — ele se sentou em um sofazinho velho e empoeirado, não entendendo meu intuito de trancar nos.

— Você está legal? — aproximei me, ficando a sua frente. — Por que está me evitando?

— Não estou te evitando, Dark Spring. — eu já estava perto o suficiente para sentir sua respiração contra o seu pescoço. Engoli em seco.

— Está sim. — tentei parecer autoritária, mas minha voz saiu como sussurro.

Nash suspirou, parecendo tentar se controlar.

— É isso? Não vai falar nada? — por um ato de provocação impulsivo, colei nossas testas.

E então ele perdeu o controle. Nash começou a me beijar como se o mundo dependesse disso, logo após passando seus lábios por toda a extensão do meu pescoço. Gemi, involuntariamente.

Ele sugava a aquela área com um certo desejo, despertando uma coisa nova dentro de mim. Em um só movimento, me sentei em seu colo.

Eu não sabia muito bem o que estava fazendo. Seus lábios abocanhavam meu pescoço e suas mais apertavam fortemente a minha cintura, me forçando a me mexer. Delirei, fazendo movimentos com a minha cintura freneticamente. De qualquer jeito, soube que estava funcionando quando senti algo extremamente duro em baixo de mim.

— Porra, Spring.. — ele sussurrava coisas no meu ouvido. Eu tentava fazer o mesmo, mas estava muito excitada para dizer qualquer coisa. E eu nunca pensei que usaria essa palavra na minha vida.

Suas mãos subiram para dentro da minha blusa, desfazendo o fecho do meu sutiã. Suspirei, receosa. Meus movimentos foram ficando mais violentos sobre seu colo, tanto quanto seu trabalho no meu pescoço e uma de suas mãos na minha bunda.

Depois de mais alguns movimentos da minha parte sobre seu membro. uma fraqueza atingiu o meu corpo. Suspirei, deixando minha cabeça encostar no seu ombro e fechando os olhos. Nash também parou com os movimentos, passando a mão por todo o meu corpo antes de colar nossos lábios pela última vez.

SPRING ➶ n. grierOnde histórias criam vida. Descubra agora