Capítulo 8: Músicas para Son O-Gong.

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— Pronto, estou usando seu presente. — disse Son O-Gong, olhando para o bracelete com um sorriso irônico.

Jin Sun-Mi sorriu de volta, sentindo um alívio imediato. Ao menos, por enquanto, estava segura.

— Me dê um minuto, preciso ir ao banheiro. — Ela se levantou rapidamente, sem que O-Gong percebesse, e pegou seu celular. Correu até o armário, onde guardava o contrato com o Rei Demônio. "Preciso avisá-lo", pensou.

Alô? — A voz do Rei Demônio soou do outro lado da linha, logo depois de ser atendida.

— Senhor Woo? Sou eu, Jin Sun-Mi. — disse ela, ainda ofegante.

— Ah! Ainda está viva, então quer dizer que... — O tom do Rei Demônio foi de alívio.

— Isso mesmo, eu consegui colocar! — Ela respirou aliviada.

Do outro lado, ele afastou o telefone do ouvido por um breve momento, comemorando o sucesso de seu plano.

— Então, você ativou o bracelete sem problemas? — ele perguntou, seu tom agora mais sério.

Ela ficou em silêncio por um momento, e suas mãos começaram a tremer.

— Co... Como assim? — murmurou, seu coração acelerando.

— Assim que você colocar, tem que ativá-lo! — A voz de Woo ficou mais urgente.

— Como eu faço isso? — Sun-Mi perguntou, desesperada.

Houve uma pausa longa do outro lado da linha, e quando a resposta veio, não foi o que ela esperava.

— Eu não sei. — O Rei Demônio respondeu finalmente, de forma desinteressada.

— Como assim?! — Nesse momento, Jin Sun-Mi não pôde conter a raiva. Tentava se manter calma, mas agora era difícil. Ela fazia o máximo para não deixar O-Gong perceber o nervosismo, mas o que acabara de ouvir dificultava qualquer tentativa de manter a compostura.

— Ah! Mande ele fazer algo simples. Deve ativar o bracelete. Boa sorte! Desligando! — a voz do Rei Demônio foi rápida, como se quisesse terminar logo a conversa.

— Espera, eu ainda não terminei... — Ela tentou protestar, mas a linha já estava desligada.

Sun-Mi bufou e respirou fundo. "Agora não tem volta." Tentando não perder o controle, ela se dirigiu de volta para a sala onde Son O-Gong ainda estava sentado, relaxando, como se nada tivesse acontecido.

— Você pode pegar aquela almofada e trazer para mim? — disse ela, tentando manter a calma.

O-Gong a olhou de cima a baixo, desconfiado daquele pedido repentino, mas não fez questão de questionar. Estava mais interessado em ver até onde ela iria com esse comportamento estranho. Pensou consigo mesmo que talvez fosse o medo afetando sua mente.

— Não quero. Por que eu deveria? Quanto você me pagaria? — respondeu, cantarolando.

A mente de Sun-Mi estava a mil por hora. "E agora? A ideia do Rei Demônio não deu certo... O que fazer?" Suor frio escorria de suas mãos, e seu coração batia mais rápido a cada segundo. Como ativar o bracelete? Era sua única chance de escapar.

De repente, uma ideia lhe ocorreu. "Vou assinar o contrato!" Assim, ela teria a garantia de que nada de mal aconteceria com ela. Com isso em mente, sorriu ligeiramente e disse:

— Eu... vou preparar algo para você. Só um instante.

Ela rapidamente se levantou e foi até onde estava o contrato, entre a bagunça de papéis. Após alguns segundos de busca, encontrou uma caneta. Com uma mão trêmula, ela apoiou o contrato contra sua perna e assinou. Guardou o contrato novamente, junto com a caneta, e se dirigiu à cozinha.

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