Capítulo 2: Me Proteja!

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Ela entrou na casa. Ao adentrar, percebeu que havia algo peculiar naquele lugar: tudo era espelhado e diversas velas iluminavam o ambiente, criando uma atmosfera mágica e misteriosa. No meio do cômodo de entrada, o leque flutuava sob uma luz centralizada. Sun-Mi se aproximou e, com cuidado, pegou o leque.

Quando estava prestes a sair, ouviu um grito.

— Parada aí! Aonde pensa que vai com esse artefato mágico nas mãos?

Sun-Mi congelou de medo. Seu coração batia forte. No mesmo instante, lembrou-se de que deveria ignorar qualquer coisa que aparecesse diante dela. Porém, o rapaz puxou sua mochila, fazendo com que a garota saísse do chão.

— Ah... Humanos não podem me ver, deve ser isso... — ele a soltou. Sun-Mi levantou-se e, com pressa, começou a caminhar. — Yah! Isso não te pertence?

A garota notou que havia deixado o guarda-chuva para trás e, num descuido, virou-se rapidamente para pegá-lo.

— Ah, parece que você pode me escutar, não é?

— Sim! Eu posso, mas o senhor mago que me pediu para ignorá-lo... ele apenas disse que eu deveria levar o leque, então me deixe ir! — enfrentou-o.

— Oh, calma lá! Mas esse leque é meu! Não me diga que foi um cara de cartola?

A menina não conseguiu disfarçar. Ficou surpresa.

— Então foi ele... — prosseguiu o rapaz, com um sorriso irônico. — Você foi enganada, menininha.

— Mas ele me prometeu que me daria seu cajado! — respondeu Sun-Mi, com a voz tremendo.

— Não entendeu? — o rapaz fez uma pausa, segurando a risada. — Quando sair daqui, mais coisas ruins vão te acontecer. Bem piores do que aquelas assombrações que você pode ver e ninguém mais...

— Então, o que devo fazer? Me ajude! — disse a menina, quase chorando.

Ele deu um sorriso enigmático.

— Bem, eu te protejo. Faça um contrato mágico comigo e, sempre que precisar, é só me chamar. Eu irei te proteger.

A menina se empolgou com a proposta.

— Então, diga-me como fazer esse contrato?

— Simples — respondeu ele, estendendo a mão. — Apenas deslize sua mão sobre a minha e estará feito!

 — Apenas deslize sua mão sobre a minha e estará feito!

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Ambos estenderam as mãos. Quando fizeram o contato, um fragmento de cristal saiu da mão do jovem.

— Agora, quando você precisar, é só me chamar pelo nome: Son O-Gong. Eu certamente irei te ajudar. Bem... Antes de irmos, eu vou ao banheiro. Você poderia fazer o favor de apagar aquelas velas na mesa de centro? — ele apontou, indicando quais velas eram.

— Por que você mesmo não apaga? — Sun-Mi questionou, com um olhar curioso.

O rapaz ficou um pouco sem graça, desviado o olhar.

— P-Porque... E-eu vou no banheiro, esqueceu? Como poderia? Ahaaha.

Jin Sun-Mi olhou para as velas ao redor da casa e, especialmente, as da mesa. Era claro que elas eram mágicas.

— Você não consegue apagar elas por serem mágicas, certo? Só eu posso fazer isso.

Son O-Gong revirou os olhos e respirou fundo.

— Tá! Eu fui aprisionado aqui pelo cara da cartola. Ele me enganou e me prendeu aqui, ok? Então, te peço que me ajude também, assim, podemos ficar juntos para sempre!

— Para sempre? — murmurou Sun-Mi, com os olhos brilhando e o coração saltando. Ela apagou as velas.

— AGORA SIM, ESTOU LIVRE! AHAHAHAHA!!! — Son O-Gong gritou.

Logo, a casa espelhada começou a mudar e ambos foram transportados para um campo aberto, longe de onde estavam

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Logo, a casa espelhada começou a mudar e ambos foram transportados para um campo aberto, longe de onde estavam.

— Agora podemos ficar juntos! Estou tão feliz que você estará do meu lado para sempre. Tenho muito medo desses fantasmas, Son O-Gong.

Son O-Gong encarou a pequena com um certo sarcasmo e deu uma gargalhada. A menina olhou para ele com um sorriso inocente.

— Acha mesmo que eu estava falando a verdade? Será que você não pensa antes de fazer as coisas? Se eu estava preso naquela casa, é por um motivo. Eu cometi um crime e você me libertou. E ainda me entregou esse poderoso artefato mágico de bandeja, menina boba.

— Mas... Se eu te chamar, você tem que vir por causa do nosso contrato! — retrucou Sun-Mi, com esperança.

Son O-Gong abaixou-se e encarou a menina profundamente nos olhos. Com uma das mãos, tocou sua testa. De repente, uma parte da memória dela foi retirada e transformada em um fragmento de cristal: o nome daquele que prometera ser seu protetor, Son O-Gong.

— Pronto, pode me chamar quando quiser. Claro, se conseguir lembrar... Ahahaha! — ele usou o leque para voar. Com um simples abanar, um vento forte se formou.

— Não vá, por favor! Me diga seu nome, por favor!!! — ela gritava desesperadamente.

Em um piscar de olhos, ele desapareceu. Quando a menina se deu conta, estava de volta ao pequeno bosque perto de sua casa. Jin Sun-Mi olhou ao redor, procurando pelo senhor de cartola, mas ele também havia desaparecido.

 Jin Sun-Mi olhou ao redor, procurando pelo senhor de cartola, mas ele também havia desaparecido

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