Capítulo 34

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Pelo olhar dele, ela sabia que ele já desconfiava. Ele estava sorrindo divertido para ela, o que a fez se sentir humilhada por ser dependente dos braços dele, da pele dele para ficar bem, sabendo que ele agia simplesmente para acalmá-la e proporcionar-lhe dias melhores de sono e descanso. Isso era inadmissível! Será que sua imbecilidade e infantilidade não tinham limites?

Ela sorriu de volta.

— Boa noite! – ela disse sem alternativa, mas não esperou resposta ou que ele saísse simplesmente – não vou mais me desculpar, isso está ficando estranho, mas tudo bem. Posso sobreviver – ela suspirou.

Antes que ele pudesse responder, ela se levantou e foi para o toalete. Quando voltou, como já esperava ele não estava mais no quarto. Então trocou suas roupas e saiu dos aposentos.

Não teve tempo, no entanto, de sair da mansão, Astaroth estava aguardando no fim da escadaria, com a mesma expressão neutra e fechada de sempre.

— Preciso que não saia hoje. Caso tenha se esquecido, preciso que entre mais uma vez na sala de treinamento com eles.

— Certo! – ela bufou. Realmente se esquecera.

Já não bastava tudo o que ela estava tentando resolver? Agora os grandes guerreiros e predadores, cheios de instintos idiotas de machos dominantes estavam com problemas para enfrentar um canídeo venenoso? E ela, que eles julgavam como a pequena e bela princesa indefesa, que deveria ensinar os idiotas? Era muita palhaçada!

Entrou na sala de treinamento pronta para dizimar uma colônia inteira sozinha apenas com suas espadas gêmeas, não pararia até ter descarregado toda sua ira assassina. Pediria quinhentos oponentes para esta simulação. Ela precisava matar alguém hoje!

— O que aconteceu? – perguntou Ayron quando viu seu estado de ânimo.

— Absolutamente nada!

— Controle-se! – comandou Astaroth vendo-a tremer, o que prenunciava uma explosão.

— Vou ficar bem.

— Assim espero.

Os outros não falaram. Então Astaroth lhes explicou que enfrentariam uma simulação com cinquenta criaturas, de novo, já que não foram capazes de derrotar esse número ainda, mas que precisavam melhorar porque dificilmente um pelotão delas teria menos que esse número, além das colônias que contavam com algumas centenas.

— Hoje Aryen estará com vocês para verificar como estão evoluindo e intervir caso necessário. – ele finalizou, mas antes que saísse ela falou.

— Aumente o número para cem oponentes. Estou aqui hoje.

— Setenta, não se preocupe, terá o que fazer. – ele disse saindo da sala.

Ela bufou e os três olharam surpresos para ela.

— O quê?

— Sério que você queria mesmo cem bichos destes? – perguntou Ayron incrédulo, espelhando a expressão dos outros dois.

Guardiã de GantháOnde histórias criam vida. Descubra agora