Capítulo 39

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Astaroth os dispensou para que discutissem seu desempenho e criassem meios de melhorá-lo.

— Não pensem apenas nos golpes em si, pensem em meios de conseguir vantagens, quaisquer que sejam. Não pretendia ser tão óbvio, mas analisem equipamento de apoio, o inimigo é altamente susceptível ao fogo, viram, já mais de uma vez, que Aryen usa espadas ígneas, pensem a partir daí – disse Astaroth suspirando e dando razão à Aryen.

Eles eram bons guerreiros, mas não eram muito inteligentes quando se tratava de questões menos claras e diretas em batalha, não estavam prontos para planejar além da batalha em si. Estavam acostumados demais a ter técnicos e construtores pensando por eles, isso os deixava em desvantagem.

Esse era um dos motivos da escolha de Aryen entre milhões de outros guerreiros, ela não esperava que outros pensassem por ela, desenvolvia seu próprio equipamento, criava suas armas, planejava suas próprias estratégias. Ela não era só uma guerreira inigualável, ela pensava por si. Realmente se utilizava de tudo que aprendeu em seus anos de academia nas várias áreas em que foi instruída.

Após os três pensarem, discutirem, analisarem inúmeras vezes os vídeos e se deterem no armamento usado por Aryen e Astaroth, Ayron teve a ideia de criar espadas incendiadas, algo mais próximo das espadas que Aryen usava, porque se fogo era a chave, podiam fazer isso. Criando espadas que se incendiassem ou superaquecidas, era possível, existia em Endor um mineral com essas características, podia se manter superaquecido e incendiado por horas sem perder a resistência. Ele facilmente poderia entrar em contato com a princesa Dênia e pedir que lhe enviasse uma quantidade do material, assim poderiam produzir as lâminas das espadas com ele.

— E se criássemos também armas com projeteis incendiários? Eu certamente não preciso, porque se fogo é a chave, tenho bastante, mas para vocês seria útil, não acham? – perguntou Melok.

— Seria interessante, mas não seriamos capazes de atirar em mais de uma criatura por vez. – respondeu Ayron.

— Não importa! Com uma criatura incendiada as outras podem se assustar e podemos usar o momento de surpresa a nosso favor. Além dessa criatura incendiada, poder, por puro pânico, espalhar as chamas pelas mais próximas. – disse Darwil pensando.

A discussão e os desenhos dos projetos levaram o resto da noite.

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Pelos dias que se seguiram não houve surpresas. Pouco viram Aryen, como desde o início já acontecia.

Depois da reação de Darwil, ela decidiu minimizar ainda mais seu contato com eles, para que não prejudicasse sua evolução em treinamento, que agora finalmente estava acontecendo. Tudo que ela não precisava era ouvir um sermão ético que sabia que ele já havia preparado.

Até agora estava tendo sorte, saía direto de seus aposentos acompanhada por Shadow por um portal para a incumbência a que se comprometera e de volta para lá. Nas poucas vezes em que saíra no lago, para lavar o sangue que pingava do corpo e cabelos e poder banhar Shadow pelo mesmo motivo, não querendo emporcalhar seus aposentos, ou eles estavam treinando ou Astaroth a estava esperando na entrada principal e lhe abordava com assuntos pertinentes à suas incumbências para tirá-la do alcance de Darwil.

Guardiã de GantháOnde histórias criam vida. Descubra agora