Capítulo 1: O fim

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Ah a vida. Têm coisas inexplicáveis, coisas que gostaríamos de fazer, de ser, de pensar, que existisse, que acontecesse, ou que pelo menos passe a ser real. Pensamentos impossíveis de se expor, como se não houvesse palavras certas para demonstrar o que realmente se passa em nossa mente naquele exato momento.

Objetivo que exigimos de nós mesmos, sem saber, ou sabendo, que aquilo não é o futuro traçado na imaginação. Você tem certeza que este não é o estilo de vida que te faz se sentir bem, mas acha que te deixaria bem, e resolve seguir já não sentindo-se bem com sigo mesmo. É uma escolha feita pensada, mas ao mesmo tempo, não pensada como deveria ser.

Pessoas passam a vida interia querendo algo sem saber de fato o que é, e colocam o seu sonho, a sua felicidade, o seu estilo de vida desejado entre a fama e o coração. Buscam a fama e o reconhecimento, ao invés da sabedoria de saber ser feliz.

Uma garota chamada Victtoria Hembers de estatura mediana, de cabelos escuros longos e ondulados, estava no ensino médio, começando o amadurecimento da adolescência. Ela tinha uns vícios diferentes dos outros jovens atuais. Procurava se descobrir ou até mesmo se reinventar através de livros e filmes. Buscava algo que mexesse com seu psicológico, fazendo com que a motivasse de certa forma, para seguir algum propósito criado em seus sonhos.

A garota não sabia o que era ser normal. Não sabia nem ao menos como seria sua vida depois da juventude. Refletia sempre, se pelo menos alguma vez no seu tempo de vida, terá um sonho seu realizado.

Enquanto muitos jovens à noite se divertiam, ela ficava em casa escrevendo. Não sabia por que escolhera assim, mas sentia que lhe faria melhor do que a brisa da noite. Era como sentir sua própria vibe dentro do seu quarto, trasbordando harmonia de maneira desejada.

Sonhava em ter alguém que a entendesse, que mesmo com todas as suas hipóteses, complicações e pensamentos, seja o único que realmente a completa, de maneira simples, pura e verdadeira. E que, acima de tudo, tenha tempo para se dedicar, e que entenda o seu tempo de escrever.

Morava em sua casa apenas ela e sua mãe. Não sentia que a convivência com seus pais estava indo bem, mas sabia que havia algo de errado. Já tinha tentado, de quase tudo para mudar a situação, mas não via reciprocidade. Queria de alguma maneira fugir daquele abismo criado pelo cotidiano, e a única forma que encontrava, era se trancar em seus pensamentos.

Seus pais tiveram uma separação não muito amigável. Não que fossem amigos quando estavam casados. Victtória sentia-se como um objeto em forma de premiação para quem ganhasse a briga do dia. E foi por muitos anos, se não todos, desde seu nascimento. Ela não fazia ideia de como era a relação entre eles antes de vir ao mundo, mas não os culpa pela situação em que viviam.

Criar laços é difícil se não conquistados, mas mantê-los é um tremendo desafio para que não dedica-se ao amor. Ao amor em geral, de amigos, família, namorados, e principalmente a vida. O mundo esta em contagem regressiva a cada falta de gentileza ocorrida. Não temos como cuidar da terra, sem antes cuidarmos de nós, de quem a habita.

Victtória ainda surpreendia-se de como as pessoas eram capazes de decepciona-la. Estava realmente cansada da futilidade que cada ser carregava em si. Ela enxergava o mundo de forma transparente, e carregava a certeza, que o seu sentimento era o suficiente para derrubar barreiras. Ela queria transformar o mundo um lugar melhor por onde passava, e iria em busca de cumprir seu objetivo.

Já não sabendo mais demonstrar seus sentimentos, antes de dormir, teve vários pensamentos perambulando em sua cabeça de forma rápida e aleatória. Ela nunca havia dormido tão rápido como naquela noite. Tinha intuição que no dia seguinte, iria ser diferente, por que ela ia fazer ser diferente.

Utopia ou SuícidioOnde histórias criam vida. Descubra agora