Capítulo 5

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MURILO

-- desculpa eu n-não queria te machucar... -- Falou Lucas mas eu pude perceber a sombra de um sorrisinho no canto de sua boca.

Ele me Deu um soco e eu estava perplexo... Eu gargalhei e gargalhei muito, minha barriga estava doendo, meu maxilar também, mas eu ri como se minha vida dependesse disso apoiei minha mão no ombro de Lucas e gargalhei ainda mais.

-- ok... você parece ótimo... Eu acho.... -- Disse Lucas que estava me olhando com uma expressão de: "esse cara é loco".

-- Cara você me deu um soco!

Lucas colocou as mãos nos bolsos do moletom e disse:

-- Sim... Eu acho que saiu um parafuso dai de dentro, quer ir para a enfermeira?

-- Porra Lucas! foi a coisa mais real que você fez desde que te conheci! -- Mesmo que fizesse pouquíssimo tempo quenos conhecemos era incrível velo fazer algo tão humano e não tão programado. Lucas parecia tão confuso com isso tudo principalmente com minha reação, e por algum motivo que eu desconheço era tão divertido pra mim.

-- Você deveria estar bravo e me bater de volta não ficar rindo! -- esbravejou Lucas.

-- Eu só queria ver você de verdade... sem barreiras sem bloqueios, vulnerável e humanizado e você me mostrou... foi quase tão legal quanto ver seu amigo aí de baixo -- Digo fazendo gestos teatrais.

-- você...

Lucas pareceu surpreso quase desnorteado e posso jurar que por um milésimo de segundos vi nos olhos dele uma chama, algo que parecia dizer: "Eu sou bem mais que isso" e era esse mais que eu queria ver.

Dou dois tapinhas amigáveis no ombro de Lucas e digo ao sair:

-- falo Cara

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Desço o pincel formando a curva do joelho da modelo que está posando nua para todos os alunos, ela parecia tão bem com aquilo como se estivesse com roupa, mas pra mim fazia sentido; eu nunca havia entendido o problema das pessoas com a nudez já que por ventura todos estamos sujeito a ela, talvez porque faça menção ao sexo... o que também não faz sentido já que estamos sujeitos  a ele também, eu só queria que essa modelo fosse diferente das outras 200 que já desenhei, queria descer o pincel por dobrinhas, queria preencher cicatrizes, esfumar tatuagens, não aguentava mais pintar os mesmos corpos padronizados em poses pensadas e sempre tão bem planejadas.

-- está muito bom Murilo -- fala minha professora -- mas diminui as sombras, a sala está clara, de onde você tirou tantas sombras?

Faço que sim, não demora muito para que a aula acabe estou guardando meus pincéis quando ouso uma voz feminina:

-- não conte para ninguém, mas o seu desenho foi o meu preferido.

Me viro e lá está a modelo que a pouco estava posando, já vestida com um vestido leve de algodão e tênis vans algo naquilo era tão estiloso a maioria das mulheres estaria de salto.

-- Sou Meg. -- ela fala se apresentando.

-- Murilo -- damos as mãos em cumprimento.

-- você fez uma cicatriz em mim? -- ela aponta para a sutil cicatriz que eu desenhei em seu braço.

Achei que ninguém perceberia, é realmente pequena, cosso a cabeça.

-- Acho que você ficaria linda com qualquer cicatriz...

Ela sorri para mim de um jeito que me fez senti nu da maneira mais mundana.

--Eu tenho uma cicatriz estava coberta por base -- ela se aproxima de mim -- é em um lugar bem mais interessante que o braço.

Sorrio para ela e não demora para que estejamos sozinhos em um dos laboratórios abandonados no subsolo da faculdade. Pego Meg pela cintura e a coloco em cima do balcão derrubando os livros que haviam ali, nos beijamos os dedos dela entrelaçam meu pescoço, tiro seu vestido e me surpreendo ela está sem sutiã, deixando a mostra a cicatriz que ficava no seio.  Beijo seu seio sobre a cicatriz e ela respira mais fundo enquanto aperto seu outro seio.

Pum!

Damos um pulo com o barulho.

-- porra! -- deixo escapar o palavrão, olho para trás e parado na porta com os olhos arregalados e bochechas vermelhas está Lucas, uma pequena pilha de livros caído em volta dos seu pés...

Por todas as cores do arco-íris *romance Gay*Onde histórias criam vida. Descubra agora