Capítulo 35

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MURILO

O uber que chamamos para na frente do hospital

-- O que aconteceu com a minha moto? -- Pergunto

-- foi meio problemático, mas pedi para um amigo pegá-la. -- Lucas sorriu -- sei como você gosta dela -- está na casa dele já que ele não sabia onde sua casa ficava -- Completa Lucas.

-- muito obrigada -- Falo -- que amigo?

-- não se preocupe, Murilo, é um amigo de confiança, conheço ele a muito tempo.

-- Achei que você não tinha amigos... Além da Milena -- olho para ele erguendo uma sobrancelha

-- posso dizer que ele é meu melhor amigo, foi um dos poucos que não me deixaram... ou se viraram contra mim no Ensino médio.

--hum... Entendo -- digo virando e olhando para a janela, quanto mais tempo passava eu via que ele tinha mais passado para contar.

-- vou ligar para ele, aí ele leva a moto lá na sua casa -- Lucas me olhou parecia querer descobrir o que eu estava pensando só pelo olhar.

-- legal -- digo -- não que faça muita diferença já que não vou poder sair de moto com esse braço inútil.

Lucas me encara.

-- mas alguma hora você vai voltar a pilotar -- Ele sorri ao dizer.

-- desde quando você é tão otimista -- olho para ele frangindo a testa -- Não era você que achava o amor uma fraqueza que a vida é uma bosta, que tudo vai dar errado.

-- talvez um certo alguém tenha me dado uma bronca e me feito ver as coisas de uma óptica diferente... -- Lucas cruzou o braço e continuou a dizer -- e as coisas eram diferentes.

--Eu sei de uma coisa, não é isso que vai me fazer parar de desenhar, se eu perder o movimento dessa mão aprendo a fazer com a esquerda -- abro e fecho a mão direita testando minha coordenação.

-- agora você está parecendo você. -- Ele colocou a mão no meu ombro.

Finalmente chegamos na meu apartamento.

-- Murilo a chave?-- indaga Lucas.

-- em baixo do tapete Lucas.

-- ok. -- Ele pegou a chave e destrancou a porta e deu um espaço para que eu entrasse primeiro.

-- É entranho... -- olhei para todos os desenhos espalhados pela casa -- não consigo para de sentir a sensação de que perdi algo muito importante, como se um vazio tivesse se abrido em mim.

-- não pense que você perdeu... -- Lucas segurou meu rosto me forçando a o encarar. -- pense que você só está mandando consertar, o concerto pode demorar um pouco mais vai ficar pronto.

Revirei os olhos que metáfora era aquela?

-- me diz uma vez que você mandou uma coisa para o concerto e ela voltou como antes e se eu conseguir os movimentos, mas não conseguir a coordenação motora.

-- quando foi que você ficou tão pessimista? -- Lucas segura firmemente meu rosto -- vai ficar tudo bem.

Pego a mão dele e tiro do meu rosto e a fico segurando massageando seus dedos com a mão esquerda claro.

-- Realista eu diria -- dou um beijo na testa dele -- vamos pedir alguma coisa pra comer?

Ele pegou o celular e disse:

-- o que você vai querer?

-- qualquer coisa que não seja comida japonesa

-- meu celular descarregou, -- falou Lucas olhando para tela preta.

Por todas as cores do arco-íris *romance Gay*Onde histórias criam vida. Descubra agora