capítulo 16

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LUCAS

Acordei zonzo e com pontadas fortes na cabeça, ainda que acordado fiquei deitado mais um tempo. Mas ao abrir os olhos reconheci que aquela não era minha casa. Me levantei da cama olhando em volta, como foi que vim parar aqui?

-- Oi? Alguém... -- sai do quarto indo para a cozinha o apartamento, estava tudo silencioso.

Eu segurava a causa para que não caísse, mas que merda foi que aconteceu? Essa nem são minhas roupas...

Andei mais pelo lugar, procurando minhas roupas, mas nada, voltei ao quarto na escrivaninha tinha vários desenhos de diversos tipos e um papelzinho amarelo estava grudado na parede e nele estava escrito:

"Bom dia! bela adormecida, primeiramente se olha no espelho, esse na cabeceira da minha cômoda, descabelado né? pois é, eu queria estar ai para ver o charme que é você de manhã, mas tive que sair. Caso não se lembre você bebeu muito ontem e apareceu cantando na porta da minha casa, pedindo desculpas e dizendo o quanto eu sou gostoso e eu como a boa Madre Teresa de Calcutá que sou (pesquisa no google) não pude deixar você dormindo na rua, tá vermelho né? Imagino que sim... Para sua infelicidade não transamos nem nada, caso você esteja se perguntando, pode comer o que quiser na cozinha ou vestir a roupa que quiser suas roupas devem estar molhadas e por favor não quebra mais nada, se você quebrar mais alguma coisa eu te processo por destruição ao patrimônio particular. Beijos onde você quiser.

Murilo.

PS: como esta seu útero?"

Útero? Homens não tem útero, o que ele está pensando?

Fui até o banheiro onde achei minha roupa, eu não diria que ela estava molhada e sim úmida. eu tirei aquela roupa que com certeza não era minha e a dobrei antes de colocar a minha mesmo, eu já havia dado muito trabalho para ele. A roupa que eu havia tirado eu dobrei e coloquei na cama junto a um bilhete escrito:

" me desculpe não era minha intenção te dar dor de cabeça.

PS: Homens não tem útero."

Fui para casa trocar a minha roupa, mesmo eu não sabendo onde eu estava exatamente eu consegui me achar, logo após eu sair de casa fui direto para a Universidade correndo, talvez eu chegasse a tempo para a
o último horário. Entrei na sala e a Jhenifer estava lá escrevendo na lousa enquanto explicava a matéria. Me sentei tentando controlar minha respiração, eu nem tinha onde escrever já que eu estava sem a mochila, eu havia deixado no carro do David.

Jhenifer pegou seu caderno e uma caneta enquanto continuava a explicação, com o caderno e a caneta veio até mim os deixando encima da minha mesa. Passou-se meia hora e alguém bateu na porta.

-- Bem, o diretor de curso de vocês veio conhecê-los, ele falou comigo hoje antes de começar as aulas. -- ela parecia radiante hoje. -- tratem ele bem.

Ela abriu a porta, um homem alto, negro e trajado de roupas sociais entra na sala, ele tinha um olhar intimidador tanto que a sala ficou tão silenciosa que dava para ouvir as moscas voando, a única que parecia confortável com aquela presença era Jhenifer. Ele sorriu para ela antes de se direcionar a nós.

-- Bom dia a todos! Meu nome para quem não tenha conhecimento é Kennedy -- ele junta as mãos. -- estou realmente feliz por ver tantos alunos hoje aqui, a senhorita Jhenifer, que a um ano se tornou professora, e pensar que ela foi minha aluna. -- ele sorriu colocando a mão no ombro dela. -- eu serei o diretor do curso de direito, a senhorita Jhenifer será não só a professora como a coordenadora de sala de vocês, no que eu tiver a possibilidade de ajudar pode ter certeza que os ajudarei, espero que todos se formem e que consigam seguir seus sonhos, estão dispensados.

Por todas as cores do arco-íris *romance Gay*Onde histórias criam vida. Descubra agora