Traição - Parte III

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Quando chegamos em casa tive uma visão estranha, estavam reunidos, meus pais, Cíntia e Kira. Minha mãe havia preparado um verdadeiro banquete e conversava alegremente com Cintia que se esbaldava em suas comidas.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei para Cintia que ficou parada sem resposta.

- ISSO É MANEIRA DE FALAR COM SUA ESPOSA! – gritou minha mãe, sim antes de ir para os jogos minha mãe ficou me passando uma lista de recomendações de como tratar uma mulher.

- Comendo! – falou Cintia com a boca cheia.

- Querida perdoe meu filho! Ele puxou a ruindade do pai dele!

- O que eu tenho a ver com isso? – coçou a cabeça Singied meio sem jeito diante da situação e minha mãe já se preparava para exorciza-lo.

- Ela não é minha esposa! – acabei logo com a palhaçada.

- Como não é sua esposa? – minha mãe fez uma cara de surpresa. – Então a baixinha é a sua esposa?

- Não, eu sou casado com a Thalia e ela ficou em nossa tribo. – terminei de falar e fuzilei Cintia com os olhos.

- Em minha defesa, eu nunca disse que era a sua esposa! Foi a louca da sua mãe que confundiu tudo! – Cintia não devia ter falado isso para Dona Maria, minha mãe avermelhou e estava pronto para explodir em cima dela como uma granada. – A Kira está de prova. – ela apontou para Kira que deu apenas um olhar assustado engolindo a comida no seco. Foi quando meu irmão disparou a rir e fez com que os ânimos se acalmassem num passo de mágica.

- Ei, isso não importa! O que importa é que o Matheus está hoje aqui conosco e seus amigos são bem-vindos a nossa casa! – por um momento eu vi os olhos de meu irmão encontrando com os de Kira e agora foi a vez da garota ficar vermelha.

Depois do banquete fomos para os alojamentos, meu pai insistiu para que ficasse no meu antigo quarto, não quis, preferi ficar junto com os meus, uma vez que não pertencia mais aquela família, muito menos aquela aldeia, agora pertencia a tribo de Rhuda e por isso deveria ficar no alojamento de visitantes. O alojamento dos visitantes nada mais era que uma das casas sem uso, ficava perto do paiol. Eu e o Gutierrez ficamos alojados em uma, enquanto as garotas na casa a direita ao lado. O quarto que estava alojado era bem simples, uma cama, um baú e uma cômoda. Tomei um bom banho quente que fez minha pressão cair e por isso quando deita na cama não demorei para pegar no sono, além disso estava cansado pela caminhada realizada durante o dia.

Durante a noite acordei com a porta sendo aberta, abri os olhos vagarosamente e Jully fez sinal de silêncio para mim fechando a porta. Aproximou-se de mim e me beijou.

- Sabe, não achei que o veria tão cedo. – falara Jully depois que o beijo terminara.

- Também não, enfim você não pode ficar aqui! Sabe que se nos verem – fiz uma breve pausa – estaremos arruinados. – tentava colocar um pouco de juízo em sua cabeça.

- Relaxe, ninguém vai vir, além disso sei esconder muito bem meus passos como você me ensinou. – ela se referiria quando caçávamos, se bem que parecia levar tudo aquilo na brincadeira e servir apenas de motivo para ficarmos juntos. – Sabe estou curiosa, sobre algumas coisas e talvez você possa me ajudar.

- Do que estás falando? – perguntei, e ela atirou seu corpo sobre meu, novamente ela vinha atrás dos meus beijos.

- Estou falando de sexo, já que me ensinou tantas coisas no passado, talvez eu posso apreender mais algumas. – Jully me provocava conduzindo minhas mãos sobre o seu corpo.

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