10 de dezembro de 2016 - Uma nova saga P1

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(Rachel)

Mal consegui dormir apesar de ter passado o dia anterior quase todo no spa. Aliás, foi uma atitude providencial da minha irmã depois da farra que nós duas fizemos em Atlantic City na minha despedida de solteira. Ela disse que eu fiquei tão bêbada, que eu dancei em cima da mesa junto com o bartender. Como minha memória era uma neblina densa, Santana mostrou o vídeo e disse que as imagens eram seu fundo de garantia dali adiante. Não estava fazendo nada de errado além de dançar com um cara em cima da mesa com um copo de bebida em mãos: a cena era apenas constrangedora. Como minha irmã havia prometido, ela ficou sóbria o tempo todo para cuidar de mim, se limitando a beber um pouco de cerveja enquanto eu me esbaldava na minha despedida de solteira.

No outro dia, eu estava péssima. Paramos duas vezes na estrada de volta a Nova York para que eu vomitasse. Quando chegamos em casa, passei o resto do dia na cama, tentando curar a minha ressaca. Minha irmã planejou tudo de forma tão minuciosa que ela sabia que o spa seria providencial para minha recuperação. Mesmo depois de tantas massagens e programas para amaciar minha pele e tudo mais, não consegui dormir por causa da ansiedade.

No dia em que fui assinar os documentos no cartório que me tornavam casada com Quinn, eu não fiquei nervosa. Simplesmente coloquei um vestido discreto cor pale com um discreto estampado e fui acompanhada com minha irmã ao cartório. Lá, eu me encontrei com Quinn, acompanhada de Mike. Ela usava um vestido verde ressaltava seus olhos e estava linda. Então assinamos os papéis, o juiz nos declarou casadas, minha irmã chorou, Mike ficou com um olhar tristonho. Tão logo terminamos o almoço, Quinn me deu um discreto beijo nos lábios e foi viajar, ao passo que eu passei a tarde inteira resolvendo um monte de pendências. Simples assim. Oficialmente, eu me casei com Lucy Quinn Fabray no dia 6 de dezembro de 2016.

Mas não é como me sentia. Para mim, casamento como sempre sonhei tinha de ter vestido de noiva, benção de rabi, convidados e uma festa. Era como sonhava desde garotinha. E esse dia havia chegado...

No meio da madrugada, sem conseguir dormir de tanta ansiedade, fui até o quarto da minha irmã e me deitei ao seu lado. Santana, como sempre fazia, laçou o bração na minha cintura e dormimos de conchinha.

Acordei novamente às seis e meia da manhã. Voltei ao meu quarto, vesti uma calça, botas longas até os joelhos, blusa e um casaco longo. Coloquei óculos escuros no rosto e não me importei em tomar café da manhã. Apesar da cerimônia não religiosa, ainda preservaria alguns costumes judeus como jejuar no dia do casamento.

"Pronta?" Santana estava segurando o vestido e as chaves do carro numa mão e tinha a outra cheia de biscoitos.

"Pronta."

"Não está se esquecendo de nada?" Ela piscou para mim. Vi as minhas mãos vazias e suspirei.

Corri até ao meu closet e lá peguei o meu vestido e a minha mala. É que Quinn e eu iríamos passar o resto do dia no hotel e depois seguiríamos para o aeroporto e viajar para nossa lua de mel que ganhamos de presente de bubbee e zaide. A vontade de Quinn era conhecer Paris, mas o auge do inverno não era a melhor época do ano para se passear na Europa. Nós iríamos sim a Paris, mas em março antes de eu ter de voltar a Los Angeles para gravar a terceira temporada de Slings and Arrows.

"Pensei que fosse casar sem o seu vestido." Santana sorriu de lado de um jeito que fazia sempre que estava nervosa, mas procurava disfarçar. "Seria interessante e talvez até lançasse moda, caso alguém pudesse saber da notícia."

Ninguém poderia. Todos os envolvidos no trabalho do casamento estavam sob contrato de sigilo. A multa para quem abrisse a boca sobre o meu casamento ou sobre a minha festa era algo colossal. Tudo foi firmado por senhor Richard White, advogado do senhor Weiz, por ter arrumado tudo. Esse foi o meu presente de casamento dado pelo pai biológico de papai.

Saga Casamento (história 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora