souvenirs

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Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.
- William Shakespeare

Um barulho gritante cortou o longo silêncio que estava estendido naquele ambiente, logo após o som um leve resmungo protestante podia ser ouvido. O despertador continuava com seu barulho como se gritasse que estava na hora de encarar a vida e não mais ficar deitado sobre a cama e muito menos em um mundo de sonhos, se ele podesse fazer alguma coisa para continuar naquela cama de fato faria pois sentia que estava ligado ao objeto como se fossem um e com toda certeza não queria quebrar aquilo, todos os dias ele passava pela mesma batalha interior e sempre perdia para ter que ir ao colégio e todas as vezes ele levantava na esperança que algo diferente podesse acontecer, mas isso era apenas algo dito para enganar a si mesmo.
O garoto se sentou sobre a cama e olhou para o relógio sobre a cômoda, pensou no quanto ele poderia enrolar para perder a hora e assim ter uma desculpa para faltar na aula naquele dia, porém antes que podesse estender o seu plano mentalmente alguém começou a bater na porta de seu quarto.

- Eu não estou. - Respondeu.

- Ha! Boa tentativa Thomas! - Ouviu a voz do irmão mais novo do outro lado e suspirou.

É não iria ter jeito, sempre que o irmão mais novo ia bater em sua porta era um mando de sua mãe que não queria que o mais velho perdesse aula. Sem muita opção Thomas se levantou para ir tomar um banho rápido e gelado, algo que ajudaria com que ele despertasse totalmente de qualquer requisito do sono. Na hora de escolher algo para vestir ele nem perdeu tempo e pegou as primeiras peças que apareceram em sua frente, tinha a consciência que ficava bonito com qualquer coisa que ele colocasse.
Pegou seu celular e sua mochila e desceu as escadas lentamente, ele que não estava com pressa para sair naquele dia.
Quando chegou na cozinha robou um dos waffles que estavam no prato do irmão mais novo que protestou e então puxou umas das cadeiras para se sentar.

- Se você vai tomar café da manhã, por qual motivo robou o meu? - Ouviu o irmão reclamar e deu um sorriso zombador para ele.

- Chuck o senhor nos ensinou a dividir. - Thomas falou e encheu um copo com suco de laranja.

- Você nem acredita nessas coisas. - O menor respondeu.

- Eu acredito no meu destino. - O moreno disse e encarou o mais novo.

- Bom dia meninos - A mãe dos meninos chegou no cômodo e deu um beijo em cada um dos filhos. - Thomas você pode levar seu irmão hoje? - Olhou para o mais velho.

- Então é por isso que você não me deixou ficar na cama hoje em senhora O'Brien. - Comentou e a mais velha revirou os olhos para ele.

- Você já faltou semana passada, a próxima vez que quiser faltar só se tiver levado um tiro. - Comentou e Chuck riu do irmão.

- Agora eu irei ter que arrumar uns contatos. - Brincou e levantou dando um beijo na bochecha de sua mãe. - Vamos pirralho! não vai querer se atrasar.

Ambos os garotos saíram da casa e foram até o carro de Thomas que já estava estacionado na rua e o mais velho conectou o celular ao carro para que sua sagrada playlist das manhãs tocasse no veículo, nenhum dos dois optaram por conversar e apenas focaram em cantar seus refrões favoritos enquanto faziam o caminho para a escola de Chuck que era completamente diferente da do irmão. Não demorou nem dez minutos para chegar ao primeiro destino.

– Boa aula pirralho e não vai entrar em confusões. – Thomas falou pro irmão que descia do automóvel.

– A parte de confusões foi herdada toda por você TomTom – Chuck respondeu e no final usou um dos apelidos que uma das amigas de Thomas chamava o mesmo para tirar uma com a cara do irmão.

POLAROID. newtmasOnde histórias criam vida. Descubra agora