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"Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido."

- Vinicius de Moraes

Se o sorriso fosse considerado o arco-íris do rosto como uma vez afirmou o escritor francês Jean Commerson certamente naquele momento Newt estaria vibrando em todas as setes cores e só talvez a cor vermelha fosse a mais destacada em todo o seu ser. O garoto prendeu a própria língua entre seus dentes após desfazer o sorriso que tinha se formado em seu rosto ao observar Thomas com o corpo completamente desnudo e molhado. Um múrmuro saiu pela sua boca quando sentiu as suas costas baterem contra a parede gélida do banheiro e era como se ao mesmo tempo um fogo tivesse sido acendido em todo o seu ser e principalmente em seus olhos, a água que caia sobre o corpo dos dois garotos mais parecia como gasolina, um combustível que fazia aquele calor entre eles queimar cada vez mais, nunca gostou que o tocassem, mas quando se tratava do moreno era algo de outro mundo e ele sempre sentia como se sua pele queimasse a cada toque e toda a torre que tinha construído estava desmoronando e a única coisa que gostaria naquele momento seria marcar a pele de Thomas. De todas as insanidades aquela com toda certeza era a melhor e se tudo aquilo fosse considerado um pecado, bom, Newt adorava ser um pecador. Logo não demorou em levar sua boca até o pescoço do outro e distribuir chupões pela área.

Apesar de todas as sensações que no momento eram maravilhosas para ambos, não ficaram ali por muito tempo, afinal de inicio era apenas para ser um banho quente por conta da chuva que tomaram mais cedo.

Thomas tinha os braços entrelaçados sobre o corpo de Newt que respirava calmamente e mantinha o olhar sob o rosto do moreno. Nenhuma palavra tinha sido pronunciada por nenhum deles desde o momento em que voltaram, apenas o silêncio era suficiente quando nada mais precisava ser dito. Era como se existisse uma barreira magica e invisível sobre os garotos, pois o que vinha do mundo ao exterior não parecia importar, não mais. Não quando o amor havia sido confessado por ambos os lados, mesmo que o amor não fosse a resposta e o conforto para tudo e também que não seria uma coisa fácil, pois nem sempre toda as formas de amor são bem vistas, ele estava lá e para o loiro por mais que tudo ainda fosse muito estranho era algo que ele não lembrava de já ter vivido ou sentido. Era algo além do grande caos.

O loiro deu risada quando sentiu o vários beijos que o outro insistia em distribuir pelo seu rosto.

- Para com isso Tommy! - Falou após parar com os risos.

- Eu não posso mais nem mimar o meu garoto? - Thomas questionou.

-Seu garoto? - Perguntou com um sorriso olhando para o outro.

- Eu não sei se você conhece ele, mas é um loirinho bem complicado. - Brincou.

- Acho que na verdade ele é bem sortudo. - Disse e juntou os seus lábios com o de Thomas.

Mesmo que estivesse de madrugada, nenhum do meninos parecia estar interessado em uma boa noite de sono,ainda mais que teriam aula em poucas horas, o loiro nem ao mesmo queria ir para a escola, havia coisas que ele gostaria de saber. Queria saber o que aconteceu com ele na infância, precisava saber do seu trauma, achava que assim poderia seguir em frente, talvez tudo estivesse ligado e ao saber a verdade, mesmo que ela fosse ruim poderia ser libertador, porém como perguntaria para a própria mãe quando a mesma preferia ficar em lugares como Londres do que ao lado do filho, bom, pelo menos esperava que a mulher usasse FaceTime ou o antigo Skype. Ele também acreditava que poderia lembrar da infância com Thomas, claro que não tudo de uma vez, pelo menos aos poucos. Um fato é que antes não tinha aceitado totalmente os flash's que ocorriam, mas sabia que já estava na hora. Precisava ficar bem, não apenas por ele, mas por Thomas também, ninguém merecia uma carga pesada.

POLAROID. newtmasOnde histórias criam vida. Descubra agora