Capítulo 56

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...


 "NÃO, NÃO, MEU FILHO!" Beatriz gritava e chorava desesperada.Eu que sempre fui um fraco, mesmo destruido por dentro tive que ser forte, aparei ela em meus braços, pois foi demais para ela,essa mulher que ja passou por muitos obistaculos e sofrimentos por minha causa,que se levantou depois de tanto apanhar.Hoje caiu, por que perdeu a sua rasão de viver.



[...]



-Vó...vó -Nicole pronuncia antes de desmaiar

-Ai meu Deus! -Bruna gritou ao ver a afilhada cair

Os tres se mobilizam, o que aconteceu com Nicole? Era o que se perguntavam já que ainda não sabiam de nada. Dizem que gemeos quando um esta em apuros o outro sente, mais nesse caso não era só apuros, Nicole acaba de perder o irmão, que muitas vezes brigavam, mais mesmo com a mesma idade ela o via como o protetor que na maioria das vezes ele quem precisava de proteção.

Mas como ele, meu pobre e inocente filho disse antes de partir "Pa..pai eu vou ser um anjinho....eu vou cuidar de vocês..." Irá proteger a mãe, a irmã e a mim nas alturas, no céu.


...

Pior do que ver um filho morrer a sua frente é ter que dar o último adeus, enterrar Breno foi um momento que não há palavras para explicar, Beatriz estava inrreconhecível, muitas pessoas falavam "sinto muito" mais um simples sinto muito não vai amenizar a nossa dor, a dor de perder um filho. Que eu imaginava crescer, ir para faculdade, me pedir dinheiro para ir ao cinema ou uma baladinha com a primeira namoradinha. 

Em pensar que não vou ter esses momentos com meu filho, só queria que isso tudo fosse um pesadelo em que eu podesse acordar. Que toda essa cena a minha frente não passasse de um pesadelo horrível que eu acordaria e me sentiria aliviado em saber que nada disso foi verdade.

Beatriz caiu de joelhos diante o caixão de nosso filho que foi coberto de terra após o primeiro punhado que joguei com minhas próprias mãos. Nicole sofria ao lado dela, uma parte grande de todos nós foi com Breno. Poderia dizer que todos nós morremos com ele. A chuva caia e os que estavam presentes no enterro partiam aos poucos ficando apenas nós tres Nicole, Beatriz e eu.

-Vamos Lorena...vamos -Tentei puxa-la para irmos embora mas ela exitou sair daquele pedaço de terra que jazia nosso filho. Deitou-se na sepultura e Nicole a abraçou ficando alí também.

Me ajoelhei diante delas e deixei a chuva varrer minhas lagrímas, Beatriz com seu semblante sofrido olhou para mim e sem emitir som disse "Eu te odeio" pegou na mão de nossa filha e me deixou sozinho a buscar um consolo ao olhar a lápide do meu filho falecido.



Dias depois...



-Nicole pega sua boneca e vamos logo -Beatriz falou com um tom frio

-Eu queria tanto cuidar de vocês? Acho que agora,é quando devemos nos unir, voltar a ser o que eramos -Digo

-Não! -Ela grita ao me encarar

-Vai mesmo embora?

-Não tenho mais nada pra fazer aqui...

-E onde vai ficar?

-Acho melhor você não saber, pode querer ir atrás de mim e começar tudo de novo e me tirar a filha que ainda me resta...

-Beatriz não diga isso, eu estou sofrendo também! -Ela silenciou por um estante

-Lembra o que nosso filho pediu?

-Era só uma criança Luan...meu filho era só uma criança -Beatriz chorava sempre que pronunciava o nome de Breno ou a palavra filho. Realmente a morte de Breno seria uma ferida que nunca cicatrizaria.

Ela deu as costas para mim, por que fiz tudo errado? Porque Deus? Porque não me levou no lugar do meu filho? Acho que só assim a dor que a Beatriz esta sentindo seria menos.

Nicole veio e me abraçou, se despediu e saiu pela porta. Vera foi embora,pediu as contas, meus pais voltaram para Campo Grande e Bruna me culpa por tudo que aconteceu, olho para esses enormes comodos e me vejo sozinho, em completa solidão. O que ainda me era companhia nessa enorme casa, o porta retrato que abraço todas as noites ao tentar dormir, com uma foto minha e do meu anjinho que prometeu cuidar de mim.

O telefone tocou me fazendo voltar a sí, com uma noticia que não podia ser pior ou melhor "Suelen fugiu da clínica psiquiatríca, estão em busca dela", "Toma cuidado Luan essa louca pode querer fazer alguma coisa com voce"

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O telefone tocou me fazendo voltar a sí, com uma noticia que não podia ser pior ou melhor "Suelen fugiu da clínica psiquiatríca, estão em busca dela", "Toma cuidado Luan essa louca pode querer fazer alguma coisa com voce". Foi essas palavras que Rober usou, mais se é esse o destino, se é pra ela vir até mim, que venha as portas estão abertas, e se me matar, não perderei nada,será o preço a se pagar por errar tanto com quem amo.



~Woshington EUA~


-E Luan? -Perguntou Lucia mãe de Lorena

-Quero distancia mãe, quero só cuidar da minha filha e guardar cada pouco sorriso de meu filho.

-Seja bem vinda minha filha, morando conosco começara uma nova vida aqui com minha neta.

-Eu te amo mamãe -Disse Nicole que não perdia a oportunidade de dizer a mãe o quanto a amava

-Também te amo meu tesouro -Lorena a abraça-Só quero esquecer tudo que deixei naquele lugar, antigos amigos, Luan, as lembranças da despedida do meu filho. E aqui nesse lugar, começar uma nova vida, e cuidar mais que tudo de minha filha.

-E eu e seu pai estaremos com voces sempre... -Disse Lucia



[...]


-Um filho? -Perguntou Fernando boquiaberto

-Sim, eu sei que esse momento não é o melhor pra tratar dessas coisas, ja que...

-Shiu, só me abraça, me abraça Flavia -Os dois se abraçam ambos com um sorriso largo no rosto

-Eu te amo Fernando...

-E eu amo voces dois mais que tudo -Fernando falou ao ajoelhar-se e beijar a barriga inaparente da futura esposa.

O tempo foi decisivo aos dois, agora com um filho a caminho, e com o carinho que pode se tornar em algo maior, eles podem finalmente dar certo.

Uma chance a mais - One more chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora