Epilogo

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Nick

A vida, algumas vezes no prega grandes peças, eu nunca pensei em conhecer a mulher da minha vida em um lugar que sempre me trouxe grandes problemas. Minhas lembras do que aconteceu em Nova York, antes de Cassandra se apagaram e deram lugar apenas a bom sentimentos.

Nunca mais vi minha mãe, e eu dou graças a Deus por isso, afinal a minha sogra acabou se tornando minha mãe de coração e a família de Cassandra não só me abraçou, como também abraçou o clube e todos os seus membros.

O clube continuou firme e forte, mesmo depois de tudo o que aconteceu após o meu casamento, acho que Alexa é quem está mais orgulhosa de tudo, afinal foi por causa dela que conseguimos resolver a situação e tornar o clube um lugar blindado contra os outros.

— O que você está fazendo sozinho aqui fora? — Cassandra pergunta me abraçando, estou na sacada do nosso quarto, vendo todos os nossos amigos e família conversando e rindo no nosso jardim.

— Pensando. — Falo e puxo ela para os meus braços.

— Sobre? — Pergunta.

— Tudo, nós dois, a vida, o clube e tudo o que ainda está por vir. — É a minha resposta.

— Sabe que não tem motivos para se preocupar, tudo está bem. — Diz. — A única coisa é que logo vamos deixar de ser dois.

Com suas últimas palavras eu a pego no meu colo e entro no nosso quarto, deitando Cassandra na nossa cama e subindo em cima dela.

— Você está...?

— Grávida? Sim. — Ela diz e eu a beijo, perdido no nosso momento de alegria.

Logo que nos casamos, Cassandra e eu decidimos que iriamos esperar para ter filhos. Nenhum de nós queria que uma criança corresse risco na bagunça que o clube estava, mas a vida meio que nos pegou de surpresa e logo ela começou a passar mal e então descobrimos que o nosso primeiro bebê estava a caminho.

Não era o momento certo, mas Deus, como nós dois estávamos ansiosos para ter nosso filho nos braços.

Infelizmente o destino não nos permitiu, Cassandra foi sequestrada junto com Alexa e ambas foram amarradas e espancadas por Daiana e Heitor. Alexa quase foi estuprada e morta se não fosse pela enteada do desgraçado, que ajudou as meninas.

Quando tudo acabou, ela nos contou que ele abusava dela desde que ela tinha sete anos.

Voltando ao assunto, Cassandra não apenas perdeu o nosso bebê, como o médico disse que as chances dela conseguir engravidar eram mínimas. O que para alguns tomariam como fim, Cassandra e eu tomamos como um sinal, se fosse para a gente ter um bebê, não importa o quanto de chance teríamos, nós iriamos ter. Até lá, entramos em uma lista de espera de adoção e há uma semana conseguimos adotar a nossa garotinha.

Cristal tem dezesseis anos e quando nós a vimos no lar de crianças foi como amor a primeira vista, ela e Cassandra se tornaram muito próximas. Ver Cristal sentada em um canto e falando sobre as qualidades das outras crianças, mais novas, quebrou o meu coração. Ela estava ali para ser adotada e estava nos ajudando e falando sem parar sobre as crianças.

— Você está viajando mais uma vez. — Cassandra diz e eu olho em seus olhos.

— Eu não sei como dizer ou expressar o quanto eu te amo. — Falo. — E o quanto eu amo a vida que temos juntos, para que fique completo só falta o meu irmão chegar de viajem.

— Sabe que ele vai chegar logo, ele se tornou um grande amigo da Cristal nesses últimos tempos. — Sei que Cassandra acredita que possa acontecer algo entre meu irmão e a minha filha de coração. — Você acha que eles...

— Meu irmão é um bom garoto e ele sabe dos meus limites.

—Sim, mas amor é amor em qualquer lugar. — Ela me lembra. — E mesmo ele sendo seu irmão e Cristal a nossa filha, eles não tem o mesmo sangue e não foram criados dessa forma.

Eu sei o que ela está querendo dizer e por mais que eu espere que isso não vá acontecer, se acontecer eu vou apoiar ambos e estar ao lado deles.

— Se eles decidirem ficar juntos, o que espero que não aconteça e que eles apenas sejam bons amigos, mas se eles decidirem eu estarei do lado deles e os apoiar em cada segundo.

— E é por isso e outras coisas que eu te amo. — Ela fala.

Mas nós não temos muito tempo para nos divertir, pois um dos filhos da Alexa e do Tayler batem na nossa porta e logo em seguida a abrem.

— Tio, mamãe perguntou se vocês vão descer ou se querem que ela venha aqui atrás de vocês. — Fala. — Acho melhor vocês descerem, ninguém gosta de ver a mamãe brava. — E com isso a porta se fecha e eu caio em cima da Cassandra rindo.

— Vamos logo, nossa família está nos esperando.

E assim, mesmo em meio a brigas, irmãs excêntricas, filhos para criar e um bando de malucos para alimentar, nós seguimos a nossa vida.

Sendo felizes para sempre, que para gente é mesmo em maio a dor e ao desespero. Afinal a felicidade não consiste apenas em momentos bons e sim em estar ao lado das pessoas certas nos maus.



Amores espero que tenham gostado. 

Beijos

Carol



5 - Ela é Minha/ Royal MC 5Onde histórias criam vida. Descubra agora