Capítulo 18

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Alexa

Daiana é uma velha amiga do meu pai, ela era a minha babá e eles foram juntos para a escola. Ela esteve em nossas vidas por um tempo, até que se casou e disse que não ia mais poder cuidar de mim, Meu pai garantiu que ela tivesse um pagamento justo e desde aquela época, não a vi mais. Mas ainda sei onde ela vive.

Paro com o meu carro me frente a uma casa grande, bem cuidada, em uma vizinhança de classe média. É um bairro agradável e eu aposto que tem muitas crianças por aqui.

— Precisa de ajuda? — Ela me pergunta, olhando para o meu carro e em seguida para as minhas roupas. — Você não pertence a esse lugar menina, errou o caminho?

— Na verdade, vim visitar uma velha amiga minha. — Digo. — Conhece a Daiana?

— Se conheço? Ela é conhecida por todos aqui, e não é uma fama boa. Aquele marido dela e ela não são boas pessoas. — A senhora diz. — Uma menina rica como você, deve ficar longe deles, pois gostam de se aproveitar dos outros.

— Acredite em mim, está pra nascer alguém que vá se aproveitar de mim. — Falo com um sorriso. — Sabe sebe se ela está em casa?

— Sim, deve ser mais fácil falar com ela, uma vez que o marido está viajando.

— Nesse caso, nos vemos depois. — Aceno para ela e sigo para a casa da Daiana.

Tendo a fechadura e noto que está aberta, penso me bater mesmo assim, mas se ela prestou para ir até o clube foder com as nossas vidas, por que diabos eu tenho que ter consideração por ela?

Entrando na casa eu tranco a porta atrás de mim e pego a minha arma, não quero ser pega de surpresa.

— Olá Daiana. — Digo, quando a encontro na cozinha, ela pega uma faca. — Abaixe a faca e vamos conversar.

— Não vou abaixar porra nenhuma, sei que não vai atirar em mim, praticamente ajudei seu pai a te criar. — Ela dá um paço na minha direção e eu engatilho a arma.

— Ter ajudado meu pai a me criar não significa que eu não te matar se for preciso, eu matei a minha mãe, matar uma puta como você não vai pesar a minha consciência. — Respondo e espero, de vagar ela abaixa a faca no balcão e me encara.

— Então é verdade. — Diz.

— Me fale sobre a sua visita ao meu pai. — Mando a ignorando.

— Não posso...

— Há pode sim, pode se não quer morrer, — digo. — Sabe que não estou brincando, então começa a falar.

— Se eu falar e meu marido descobrir que te falei, ele vai....

— Então seu marido está metido na história? Acho bom eu estar aqui, talvez eu espere ele voltar. — Falo. — Agora começa a falar, porra.

Daiana deve pensar que estou de brincadeira, a maldita cadela acha que vou ficar esperando. Sem paciência, dou um tiro na perna dela, o que a faz cair e gemer de dor.

— Vai começar a falar? — Pergunto. — Se não eu vou dar mais um tiro, não me importo se está com dor, eu quero saber o que diabos você e seu marido estão tramando.

Daiana em meio a lágrimas começa a falar, eu me sento para ouvir.

— Meu marido, Vitor, foi contratado por um clube para entrar em contato com o seu pai, como eu o conhecia, foi decidido que eu falaria com ele. — Responde.

— Esse foi o dia que te vi sando da sala do meu pai? — Pergunto e ela concorda.

— Vitor me deu todo os script do que devia falar e de como expor os fatos para Bradox. — Responde. — Eu devia ir até o clube e dizer ao seu pai que ele devia entregar o clube para Heitor, o presidente o Devotion Mc.

— O que esse tal de Heitor e o clube dele querem com a gente?

— Heitor que expandir os negócios do clube dele, traficar drogas e armas para as pessoas que compram de Royal. — Ela fala. — Se seu pai não passar o clube para ele, isso vai significar guerra e o meu marido deve começar matando você e seus filhos.

— Qual foi o prazo que eles deram? — Pergunto.

— Seu pai tem mais duas semanas para passar o clube. — Fala.

— Bom, já que você é uma cadela de recados, vai mandar um recado para o seu marido e para o clube desse tal de Hector. — Passo a minha arma pelo rosto dela e dou um sorriso. — Diga a eles que se meteram com o clube errado, e que os Royal Mc, não vão entregar tudo de bandeja.

Com isso eu dou mais um tiro na perna dela e saio, sabendo que estou comprando uma briga enorme e que vou precisar de toda ajuda possível. Seja quem for que esse tal de Heitor é, ele não perde por esperar.

— Obrigada pela ajuda. — Digo para a senhora que me viu chegando, entrego uma nota de cem dólares a ela e o meu cartão. — Salve meu número caso precise dele, e em seguida o entregue para o tal do Vitor, diga para ele entrar em contato comigo.

— Pode deixar, mas eu já aviso, não vai querer se meter com ele.

— Na verdade, quem não vai querer se meter comigo, são eles. Sou muito pior do que qualquer um deles. — Com isso eu entro no meu carro e vou me entender com o meu pai.

No caminho para clube eu tento me lembrar de que região esse clube Devotion, é. Tem tantos clubes por essas bandas, mas nenhum deles tentaria tomar os Royal, eles sabem da nossa reputação.

Assim que chego vejo Bradox, parado em frente as portas de entrada do clube. Pela primeira vez em algum tempo eu vejo essa postura derrotada, e isso me assusta, meu pai não é um homem de se deixar derrotar.

— Eu não consigo acreditar que você ia entregar o clube sem lutar. — Falo para ele.

— É para proteger vocês. — Ele fala. — Eu devia saber que você descobriria.

— Sim, eu descobri e que bom que fiz isso. — Grito. — Esse clube é a nossa vida, nossa família e a gente não desiste de nenhum deles.

— Eles vão matar você!

— Eles não vão conseguir, e mesmo se conseguirem, eu faria de tudo pela minha família. Cada membro desse clube é como se fosse um irmão, um tio ou como você, um pai para mim. — Respondo.

— Eles são um clube grande...

— E nós somos fortes e temos amigos que se uniriam a gente. — Rebato. — Eu tenho pessoas que me devem muitos favores, eles nos ajudariam.

— Não posso pedir...

— E não está pedindo, os caras fariam isso por vontade própria e eu me encarrego dos outros.

— Você não tem tantos contatos assim, empresários ricos não vão te ajudar.

— Empresários ricos? Eu lido com todo o tipo de gente, estou mais dentro do crime do que qualquer um de vocês aqui. Agora pare de agir como um pau no cu, e levante a cabeça. Nós vamos acabar com esses caras!


***

Amores esse capítulo está curtinho, mas é porque é um encerramento da participação da Alexa aqui e o proximo livro que vai ser um bonus, eu vou contar a história do Bradox e encerrae esses problemas de uma maneira bem rápida. 

Beijos

Carol...


5 - Ela é Minha/ Royal MC 5Onde histórias criam vida. Descubra agora