Capítulo 4

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Lisa

Black é um home muito bonito, eu mal consegui acreditar que ele era real e não um tipo de Deus grego. Sério, meu falecido marido era bonito, mas esse cara não tem comparação.

Eu tinha que notar a semelhança, se eu tivesse tão focada em tentar buscar o motivo dele ter vindo aqui e não a beleza dele, eu teria percebido o quão parecido com a minha filha ele é.

Mas a verdade é que, ser mãe é muito difícil, ainda mais de uma garota de oito anos que tem energia de sobra e quer saber quem é o pai biológico. Minha filha sempre soube que foi adotada e eu nunca quis esconder isso dela, ainda mais quando ela poderia um dia ir atrás deles e o encontrar. Só que agora, no momento que estou cara a cara com o pai dela, a minha vontade é de pegar Hanna e sair correndo.

- Tem certeza que não vai tentar me tirar ela? – Pergunto, lutando contra o meu medo.

- Foi exatamente isso o que eu disse. – Ele garante.

Por mais que eu saiba que ele é o pai de Hanna apenas de olhar, decido que é melhor contestar o que ele diz.

- E espera que eu acredite nisso? – Digo. – Sei que quer estar perto da sua filha, e se você for mesmo o pai dela, não vou te manter afastado.

- Bom, então quando eu posso ver ela? – Pergunta.

- Assim que provar que é o pai dela, eu quero faça um exame de DNA. Preciso ter a garantia de que você não é um maluco qualquer que vai tentar sequestrar a minha filha.

Pela forma que ele está me olhando, parece ter gostado da minha resposta.

- Podemos fazer o teste ainda hoje. – Diz. – Eu gostei da forma protege a minha filha.

Suas palavras mexem comigo, pensar que tenho uma filha, mesmo que seja adotiva, com esse homem me deixou com uma sensação estranha na barriga, é como se pela primeira vez tudo fizesse sentido. E é estranho isso, pois mesmo com Greg eu nunca tive esse tipo de sentimento.

- Hanna tem sido a minha filha desde o dia em que nasceu. Ela é meu tudo e não vou deixar ninguém ferir ela. Se está aqui com a intenção de ser o pai de um único dia, eu sugiro que saia. - Aviso. – Ela sempre soube que foi adotada, e sempre quis conhecer o pai biológico e por mais que eu queira, não vou negar isso a ela. Portanto espero que não a machuque.

- A última coisa que quero é fazer a minha filha ficar mal ou se magoar. Fique tranquila, pois estamos na mesma página quando se trata da segurança dela. – Me garante.

Estamos em um tipo de jogo de encarar, ambos olhando fixamente um para o outro até que a porta do meu escritório se abre e Hanna entra sorrindo. Amber está correndo atrás dela com um olhar nervoso no rosto. Minha filha com um sorriso no rosto, não dando a mínima para as caretas que Amber faz, parecem duas crianças e apenas uma delas tem a desculpa de realmente ser uma.

- Lisa me desculpa, a anta de terno acabou me distraindo... – Ela olha para Alexa e Black e então se corrige, - quer dizer o doutor...

- Tudo bem, você pode sair. – A corto antes que diga mais alguma coisa.

Ambre não diz mais nada, ela simplesmente se vira e sai, mantendo a compostura e elegância que sempre tem quando estou recebendo clientes.

- Quem são esses mamãe? – Hanna pergunta.

- Esse é o Black e aquela é a Alexa, eles estão aqui para conhecer você. – Apresento.

- Eu? Mas eu nem os conheço. – Diz.

5 - Ela é Minha/ Royal MC 5Onde histórias criam vida. Descubra agora