Lahar, O Conquistador de Nações: Livro Um, Draconis (VERSÃO BETA).

Capítulo VIII: Raízes de outro mundo.

Finalmente haviam chegado à cidade de Rhode. Após o ataque dos draconis, nenhum dos dois havia pronunciado sequer uma palavra e por fim Victorious parecia muito satisfeito por chegar a sua casa junto do conquistador. Lahar foi maravilhosamente bem recepcionado, afinal toda Galouro estava sob seu comando. Um grupo de pessoas ruivas se aproximou, naturalmente a família de Victorious, que ao descer de Baron correu ao encontro dos seus entes queridos; ele abraçou uma pequena garota de longos e lisos cabelos ruivos a altura dos quadris, ela com idade próxima aos onze anos (supôs Lahar), ele se aproximou.

— Essa é Arien — apresentou Victorious. — Minha irmã, e logo ali se aproximando são os meus pais: Jurien e Kana.

— Olá! — cumprimentou Lahar, friamente.

O casal o convidou para se juntar a família para a ceia, afinal já estava para anoitecer, e Lahar aceitou de bom grado. Durante a ceia muito se falou na raiz causadora de problemas, mas a jovem Arien insistia em interrompê-los para falar da admiração de Victorious e também de seus pais por Lahar, claro e dela também, mas em especial de seu irmão que guardava grande gratidão, pois antes de Rhode se tornar domínio de Lahar à vida era muito mais difícil, a cidade era alvo de vários ataques, sempre eram roubados e não tinham como se defender, não haviam formado nenhum guerreiro o que sempre deixou Victorious frustrado e decidiu eventualmente se doutrinar na arte do combate, por via de antigos pergaminhos; nessa hora Lahar percebeu-se rindo, admirado pelo rapaz ter se doutrinado sozinho, mas parte daquilo tudo o incomodava profundamente e quando a ceia terminou Lahar se levantou, agradeceu e se retirou rumo à raiz. Victorious tentou lhe convencer a passar a noite e partir ao amanhecer, pois seria menos perigoso, mas naturalmente não adiantou e tão pouco os pais de Victorious puderam segurá-lo quando ele seguiu Lahar.

— Não devia ter me seguido! — resmungou Lahar que já estava em frente à raiz.

— Eu gostaria de saber — disse Victorious ignorando Lahar, ao que ele segurava um lampião. — Sua adaga, a atuação dela foi magnífica... Digo a sua atuação.

— Slicerin — disse Lahar friamente ao que mantinha os olhos atentos à raiz.

— O que?

— Slicerin — ele esbravejou. —, o nome da minha arma é Slicerin!

— É realmente incrível... de verdade não é uma simples adaga. Desculpe-me por chamá-la assim.

— Agora se cale... Essa coisa está se movendo!

Lahar desembainhou sua espada rapidamente, desferindo golpes nas raízes que haviam começado a crescer, elas soltaram um líquido alaranjado que borbulhava e queimava o solo como se fosse ácido.

— Mantenha distância — Lahar ordenou. Por mais que cortasse as raízes elas se reestruturaram quase que instantaneamente, uma delas sorrateiras cresceu em direção a Victorious agarrando-o pela perna direita e o arrastou para seu interior como se o tivesse devorado. Lahar reagiu pulando no centro da raiz. Ambos se viram presos em grandes galhos, a visão e de que tivessem sido engolidos por uma árvore; somente suas cabeças estavam para fora. O conquistador começou a murmurar antigas palavras élficas e os galhos pareciam congelar de dentro para fora, se rompendo em pedaços de gelo, assim libertando-o, e em seguida libertou Victorious usando a espada.

— Uau, isso foi incrível! — exclamou Victorious empolgado como uma criança. — Como foi que v...

— Silêncio! — Lahar o interrompeu com seriedade. — Olhe ao seu redor. Eles se viram em meio a um vasto deserto, nada ao seu redor a não ser aquela grande árvore que os deixou embasbacados ao notar como sua folhagem era negra e seus frutos verdes que pareciam estar sendo alimentados com um líquido que devia estar sendo puxado das raízes e ao chegar aos frutos o líquido brilhava em seu interior, pareciam encher os frutos lentamente.