Capítulo XVI: Amizade.

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Novamente Victorious estava em Rhode, em seu passado não muito distante. Ele podia ouvir ao longe uma corneta que anunciava a chegada daquele que se tornou conhecido por nomes como Conquistador de Nações e também o Rei Vermelho: Lahar. Soldados entraram na cidade, segurando a bandeira de Lahar, eles se dividiram em duas fileiras, dando espaço para o conquistador passar; ele montado em seu majestoso cavalo negro, Baron, era acompanhado por seu mais fiel seguidor: Casimir, seu braço direito. O Conquistador tomou a frente seguindo para falar com o representante da cidade e quem se aproximou foi Jurien.

— A cidade de Rhode recebe com prazer o Conquistador — disse Jurien a Casimir.

— Suponho que não haverá resistência aqui. — murmurou Casimir.

Lahar desceu de seu cavalo e seguiu em direção aos dois. — Vamos! — disse a Jurien — Me mostre como funciona o sistema de comércio de vocês, e suas melhores ervas. Quero conhecer o que há de melhor aqui!

Lahar não conhecia Victorious ainda, passou bem próximo dele, mas foi tampado pelo corpo de Casimir quando passaram. O tempo começou a correr rapidamente, era claro como a cidade agora prosperava mais do que nunca e ninguém se atreveria a perturbar as terras do Conquistador de Nações.

Novamente no salão escuro, iluminados somente por uma vela Lahar encarava Victorious, seus olhos pareciam analisar o interior daquele homem a sua frente. — Então é isso, é essa a visão que você tem de mim?

— Você nos salvou Lahar!

— Perceba uma coisa — Lahar berrou furioso. — Sou igual Ecrany, a única diferença é que tenho mais poder e conquistei o respeito, mas esse respeito vem do medo, não tem valor algum.

— Isso não é verdade! — ele rebateu. — Ecrany e outros como ele só pensam em destruição e conseguir dinheiro, mas o que você fez... seja como for você colocou ordem em um mundo que precisava disso.

— A que custo? Quantas mais histórias do meu passado eu terei que contar para você entender...

Victorious socou-o no rosto, uma linha de sangue escorreu da boca de Lahar que ficou perplexo.

— Desculpe-me — murmurou Victorious. — Mas você precisa se perdoar... é verdade que eu não conheço muito ainda do seu verdadeiro passado, mas o que é o sofrimento de um homem que perdeu tudo. O que você fez foi para criar um mundo melhor e se os métodos que usou são indignos então siga um novo caminho, faça a coisa certa, faça o bem.

— Você é bem mais sábio do que parece cabelo de fogo.

Victorious coroou.

— Talvez esteja certo — continuou Lahar. —, mas eu não posso sozinho. Eu não sei o que fazer quando eu voltar, como posso corrigir meus erros.

Victorious saltou em um abraço, segurando-o firme.

— Eu estarei lá por você!

Dessa vez Lahar é quem coroou. A luz da vela que os iluminava ficou mais vasta, cada vez mais cobrindo um território muito maior. Os dois se espantaram ao ver a gigantesca criatura, o Titano estava congelado, era a figura de um rinoceronte negro com asas que pareciam ser de dragão, era definitivamente muito feio.

— Você acha que está morto? — perguntou Victorious.

— Não! Mas não é nosso problema... aquela mística traiçoeira com toda aquela pose, só queria nos testar, conhecer nosso caráter.

Uma luz branca forte os cobriu e os elevou para fora da fonte que já não tinha mais o anel na sua superfície. A imperatriz da água os aguardava.

Lahar, O Conquistador de Nações: Livro Um, Draconis (VERSÃO BETA).Onde histórias criam vida. Descubra agora