Capítulo XXI: O Retorno.

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Lahar acordou assustado, ofegante, e se sentindo muito fraco e cansado. Ele estava deitado em uma cama e em outra cama ao lado estava Victorious que acordou logo em seguida; os dois se sentaram ao que o conquistador analisava o quarto com os olhos.

— É o meu quarto! — exclamou Victorious sorrindo. Ele estava com uma aparência pálida e pensou o mesmo de Lahar.

— O grito de alívio de Arien que entrou no quarto aqueceu de amor o coração de Victorious. — Irmão...

Ela se jogou nos braços de seu frágil irmão, em seguida seus pais Jurien e Kana entraram, seus olhos brilharam, sua mãe seguiu seu exemplo e o abraçou apertado, mas por poucos instantes, ela notou sua palidez e se retirou para a cozinha.

— Vou colocar os seus pratos! Precisam se alimentar, parecem mortos.

— Estou feliz que esteja vivo — disse Jurien seriamente a Victorious e lançou um breve olhar não muito amigável a Lahar.

— Eu sinto que não comemos há eras — disse Victorious ao amigo.

— Possivelmente — murmurou Lahar, em resposta.

Todos estavam postos a mesa, havia tigelas de sopa de legumes; os amigos comeram muito bem, mas os três familiares de Victorious não pareciam ter muito apetite. Eles estavam sérios, cabisbaixos e cansados.

— O que está acontecendo? — questionou Victorious com ar de preocupação.

— Desde que foi embora... — lamentou Kana. Arien começou a chorar, ela tentou consolar a filha, alisando seus cabelos com os dedos.

— Seis meses! — disse Jurien batendo com a colher de pau na mesa com força — Agora temos que pagar tributo, nós somos praticamente escravos; eles roubam tudo o que é nosso.

Lahar se levantou furioso.

— Como é... Quem se atreve a invadir as terras do conquistador? Onde estão minhas tropas?

— Suas tropas? — ironizou Jurien. — Desde que vocês desapareceram a maioria fugiu acreditando que estavam mortos, alguns foram fiéis, é claro, e continuaram, outros temeram a Casimir e começaram a segui-lo em seu lugar, mas restou o suficiente só para proteger sua preciosa Argus.

— Traidores! — urrou Lahar — Depois de tudo o que fiz por eles... dei-lhes um propósito de vida e é assim que me pagam.

— Um propósito? — Jurien debochou — Você lhes deu medo, temiam tanto você que iriam até o reino dos mortos para te seguir.

— Baron? Onde está meu cavalo, o levaram?

— Casimir o levou — disse Arien ainda choramingando. — Disse que ia cuidar para você, ele acreditava no seu retorno.

O olhar de Lahar mudou para a jovem e acenou em agradecimento com um sorriso no rosto.

— A quem a cidade responde agora? — ele perguntou a Jurien.

— Zahi, um draconi! Todo o leste lhe pertence agora.

Os olhos do conquistador se encheram de ódio como Victorious jamais havia visto antes, isso o deixou assustado.

— Não pode ser... — ofegou Lahar. — Obrigado a todos pela comida... com licença.

Ele se retirou para o quarto do amigo, se vestiu da armadura, pegou as armas e saiu como um furacão para fora do quarto e em seguida porta afora para a rua; Victorious que até então se manteve em silêncio o seguiu.

— Então é isso... Onde está indo?

— Para casa! — exclamou Lahar interrompendo o passo, mas se mantinha de costas para o amigo.

Lahar, O Conquistador de Nações: Livro Um, Draconis (VERSÃO BETA).Onde histórias criam vida. Descubra agora