Lahar, O Conquistador de Nações: Livro Um, Draconis (VERSÃO BETA).

Capítulo XIII: Titânia e o Labirinto.

Havia muito verde, e animais por todas as partes, um lugar cheio de cores e energia que transmitia uma sensação de paz muito boa. Era imenso; árvores por todos os lados, pessoas sorridentes, animais interagindo com todos de forma muito mansa e carismática; muitas das árvores de grossos troncos e nelas portas que eram constantemente abertas pelas pessoas que pareciam morar naquelas árvores.

Um homem se aproximou dos aventureiros, era uma face conhecida: Glicérios do esquadrão de proteção.

— Lindo, não é? — disse Glicérios, sorridente. — Eu moro aqui! Estamos no Leste, no País de Titânia... Hum talvez você não queira ficar exibindo essa adaga de ouro por aí, então tome! Ele estendeu a mão entregando um pingente com uma pedra branca. — É um item mágico muito útil que pode guardar várias coisas, até mesmo uma poderosa arma como essa. Bom, já sei de tudo o que aconteceu no Oeste. Eu lhes parabenizo! Agora vou lhes escoltar até o jardim secreto.

— Jardim secreto? — repetiu Victorious.

— Não é secreto a centenas de anos — riu Glicérios. —, mas proibido, só os escolhidos podem pisar. Bom é melhor irmos depressa!

Lahar usou o pingente e guardou a adaga dourada que desapareceu com um feixe de luz e entregou-o a Victorius que o guardou em seu bolso. Eles caminharam por cerca de uma hora até chegarem a frente a uma porta dupla gigantesca de madeira (Lahar pensou como tudo naquele Reino mágico parecia ser exagerado). Glicérios que não parecia muito forte foi capaz de empurrar a porta e abri-la sem dificuldades e então uma luz branca intensa quase cegou os viajantes que quando conseguiram ver com clareza novamente estavam em um lugar ainda mais especial do que o anterior; havia dois grandes rios nas extremidades do jardim que tinha forma circular, os dois rios eram esverdeados e de água puríssima, onde eles podiam observar várias espécies de peixes e outros animais marinhos nadando tranquilamente; os dois rios se encontravam ao longe formando uma cachoeira que caia atrás da grande oliveira. O canto dos pássaros era belíssimo, mas nem um dos dois gostou se lembrando, prontamente, da grande ave que enfrentaram há pouco tempo atrás.

Glicérios os guiou até a oliveira e entrou na frente, essa não tinha porta, mas Lahar e Victorious já estavam se acostumando com esse tipo de coisa e entraram; no interior da oliveira o salão circular era naturalmente de madeira, com piso liso como os dois jamais viram iguais, assim como as paredes que eram sustentadas por troncos e nelas havia castiçais com velas acesas algo bem diferente da iluminação mística da pirâmide dourada. Na extremidade do salão havia um trono de galhos bastante florido, sentado nele um homem com vestes de couro marrom, cabelos castanhos e olhos verdes claros, brilhantes; com o colete semiaberto e em seu colo duas belas mulheres beijavam-no: Uma loira, encorpada, carnuda, e uma morena e esbelta; ambas com vestes bem reveladoras. Ele não pareceu se incomodar nem um pouco com a presença dos visitantes que estavam bastante incomodados. Glicérios, porém, ficou furioso.

— Ora seu... Eu avisei que os forasteiros estavam chegando! Você não tem modos?

— Não sei do que está falando — respondeu o homem se levantando e dispensando as mulheres que não ficaram muito satisfeitas.

— De qualquer modo — disse Glicérios em tom cômico a Lahar e Victorious. — Esse é meu incrível, poderoso e absolutamente sem senso ético Mestre Ário, O Imperador da Terra!

— É um tremendo prazer recebê-los! — disse ele alegremente ao se aproximar dos dois, tirando Glicérios do caminho. — Devem desculpar os modos do meu pupilo, pois ele se esqueceu de mencionar que sou incomparavelmente charmoso e irresistível!

Lahar sentiu um enjoo e Victorious queria socar aquele homem na face.

— Viemos aqui pela chave! — exclamou Lahar lançando a Ário um olhar amedrontador.