Capítulo XII: O horror do deserto.

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A tempestade de areia é forte, nossos aventureiros se protegeram com os lenços cobrindo seus rostos, deixando somente os olhos expostos que protegiam com seus braços. Era quase impossível enxergar e se antes precisaram de ajuda para encontrar a saída, o que fariam agora era um mistério, mas ir embora não era o objetivo. Eles acabaram de chegar para derrotar algo que ameaçaria todo um reino e lá estava quando Lahar e Victorious só sentiram um tremendo bater de asas acima deles que os jogou ao longe, o bater de asas continuou os arrastando ainda mais, seus unicórnios já não estavam à vista, mas Lahar fincou sua espada no chão de areia, segurou forte e Victorious a ele. Puderam então notar a forma da criatura. Claro era um pássaro gigantesco, tão grande que podia ser comparado ao tamanho da pirâmide dourada em que estiveram; o pássaro era de penugem cor de barro, suas patas com grandes garras pareciam ser suficientes para agarrar uma baleia, seu bico era naturalmente muito grande, achatado e de tom amarelado, e olhos de cor laranja intenso.

— Como vamos sair dessa roubada? — questionou Victorious, ainda agarrando firme a Lahar, mas ele se distraiu por um momento com o orbe que lhe foi concedido pela mística, ele que antes opaco agora brilhava como fogo. Victorious quase se desprendeu, mas Lahar o segurou firme pelo braço.

— O que houve? — ele questionou.

— Está brilhando! — respondeu Victorious.

— UM ABRIGO! — gritou Lahar contente. — Segura firme.

Com Victorious agarrado a suas costas ele sacou Slicerin, mesmo com a visão prejudicada mirou em uma das patas do pássaro monstro e felizmente o atingiu; conseguiu cortar uma das garras que espirrou uma pequena quantidade do líquido ácido alaranjado que já haviam visto antes, mas não os atingiu; a ave parou de bater as asas por um segundo e foi o suficiente para os dois chegarem a uma caverna, muito agradecidos e aliviados puderam respirar.

Victorious notou que o orbe piscava. — Isso é estranho — ele murmurou.

— Não... Não é estranho! — exclamou Lahar seriamente. — É exatamente o que pedimos, só que muito melhor. O orbe brilhou na situação de perigo e agora piscou alertando a proximidade do inimigo. É só questão de dedução, mas quanto a libertar a arma, é só uma hipótese. Precisa tentar Victorious! Segure o objeto com sua mão que preferir e mantenha o braço estendido como se estivesse com um arco na mão, o resto você vai entender!

— Pensando bem... — suspirou Victorious — esse reino mágico é bem maluco, mas faz sentido.

Victorious fez exatamente como Lahar sugeriu e o orbe como fogo mudou sua forma, mas não queimou Victorious, tomou a forma de um belo arco vermelho e corda dourada. — Mas e as flechas? — ele reclamou, mas recebeu em troca um olhar feio de Lahar. — Hum... Vou tentar!

Ele fez o movimento como se já houvesse uma flecha no arco e funcionou; à medida que fazia o movimento uma flecha surgia também vermelha com a ponta dourada (parecia ser um padrão do templo do fogo). Um grito alto e estridente os chamou a atenção, a ave parecia recobrar a fúria de antes e voou em direção à caverna aproximando-se com seu bico ameaçador; Victorious apontou a flecha cuja ponta ficou em chamas. Lahar lançou um olhar satisfeito ao que o arqueiro disparou sua flecha de fogo mirando a criatura gigantesca em um dos olhos acertando-a no exato momento em que ela enfiou o grande e achatado bico na caverna. Victorious pulou para trás e foi para o mais fundo que pode com Lahar, visto que não era uma grande caverna não estavam tão distantes.

— Argh — gemeu Victorious colocando a mão no braço esquerdo.

— Deixe-me ver — ordenou Lahar, analisando prontamente o braço do companheiro. — O líquido expeliu em você, está queimado... Já vi muitas queimaduras, mas essa é bem feia. Precisa de tratamento o mais depressa possível!

Lahar, O Conquistador de Nações: Livro Um, Draconis (VERSÃO BETA).Onde histórias criam vida. Descubra agora