Amigos No Passado

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Como ainda era de manhã e Fu me disse para ir a escola me enturmar com as pessoas deste tempo, ele me deu uma certa quantidade de dinheiro para que eu fosse a alguma loja comprar algumas roupas que me deixavam a vontade, mas que se misturavam no meio de todos.

Não exagerei por que em relação a estilo, eu gosto de vestir o velho: preto,vermelho, verde e azul. Mas agora descobri que gosto de roxo.

Eu fiquei pensando o tempo todo uma maneira de me matricular naquela escola sem precisar de um adulto fazendo isso por mim. Foi aí que lembrei da fala de meu mestre:

- Você consegue arrumar um jeito Emma, você é muito mais inteligente do que aparenta. Não se esqueça: Você é o poder absoluto.

Esse velhinho com mais de 100 anos sempre sabe o que dizer.

Voltei para casa e ele não estava nela. Não sei como o passado funciona, deve ter um compromisso com extrema urgência para me deixar sozinha. Bom, eu me troquei e saí. 
Chegando a escola havia um problema:

Precisariam saber meu nome. Eu posso dar espaço para o "Emma" e ficar com ele mas...qual seria meu sobrenome? 
Não posso simplesmente dizer:

Olá, meu nome é Emma Cheng Agreste e gostaria de entrar na turma onde meus pais estão. - pensei.

Sem ou com sobrenome, adentrei a escola. Ela estava caindo tão linda e reluzente, no futuro, ela está totalmente caindo aos pedaços.

Eu sabia onde tudo ficava então a sala do diretor era o meu objetivo central. Enquanto subia as escadas, me deparei com uma cena que queria muito presenciar:

Minha mãe sentada atrás de meu pai na sala de aula babando por ele.

Eu queria estar ali ao lado dos dois, abraça-los e dizer que são muito importantes pra mim e que fiz isso por amor. E que se quiserem pegar os miraculous de volta eu não iria ligar, mesmo gostando de ser a Mysteri, eu tenho minhas responsabilidades que é cuidar dos meus irmãos e proteger meus pais. Mysteri...nome que Nooroo deu...aah Nooroo, como eu pude deixar algo assim acontecer com você?!

Saindo de meus pensamentos e voltando a realidade, senti algo molhado em meu rosto. Uma lágrima envolvendo tristeza e alegria.

Emma chega! Pare de se distrair. Está escorada que nem boba na escada observando os dois, vá logo se matricular garota.

Eu me repreendendo em meus próprios pensamentos era um dos dotes de minha mãe, é como escrever em um diário...só que dentro de sua própria mente.

Dei três batidas leves na porta e ouvi um "Pode entrar". Pedi licença, fechei a porta e entrei.

Antes de ouvir um "Pode se sentar" ele observava o meu perfil. Como se pretendesse avalia-lo

Eu era muito parecida com minha mãe, todos diziam que eu era seu clone quando a mesma era mais jovem. E, já que estou no passado, tentei disfarçar a semelhança pelas roupas e cabelo.

Meu cabelo escuro como a noite estava solto e boa parte dele jogada por cima dos ombros, botas de couro estilo cano curto, com um salto mínimo da cor preta e uma fivela dourada discreta. Saia preta, blusa vermelha com manga curta , coisa simples. Exceto, meu casaco cinza da coleção de inverno Gabriel Agreste.

Eu sabia o que meu avô fazia tanto neste tempo quanto no meu, mas aquele casaco algo impossível de decifrar, antes de Hugo nascer e Louis tinha poucos meses, ganhei esse casaco de presente de aniversário. Meus pais e Gabriel disseram que esse modelito foi desenhado, bordado e idealizado pelos 3. Disseram que ele é da coleção de inverno mas que o Sr.Agreste permitiu que só eu o tivesse, não sei se meu avô meu ama ou foi tudo fingimento até eu ganhar sua confiança.

INYL-  From The Future To The PastOnde histórias criam vida. Descubra agora