Hugo
Eu percebi. Mais uma vez ela estava nervosa na presença de Álvaro e isso me deixou intrigado. Quando ela esteve na casa dos meus pais agiu da mesma forma quando meu irmão chegou. Ela me disse que estava bem e mesmo não acreditando muito preferi não a perturbar com perguntas. Eu preferi acreditar que se tinha alguma coisa a incomodando ela me falaria.
Depois do almoço insisti para que ela voltasse para empresa comigo, porém, foi em vão. Nos despedimos e ela me deixou com uma vontade imensa de largar tudo e levá-la para casa comigo. Mas não podia deixar de resolver as pendências com Álvaro.
— Bom, acho que é isso — Eu disse sentindo um pouco de dor de cabeça.
Meu irmão me encarou sorrindo, mas o sorriso dele me deixou um pouco preocupado. Havia em seu rosto um ar de preocupação.
— Álvaro pode me dizer o que você de verdade veio fazer aqui. Nós dois sabemos que não havia nenhuma necessidade de se deslocar, pegar estrada e vir até aqui apenas para me dizer coisas que eu já sabia em relação aos negócios. O que está acontecendo?
— Você está feliz?
— Estou. Por quê a pergunta?
— Porque me importo. Importo com você e com meu sobrinho. E Yago, como se sente em relação a Juliana?
Ok. Isso foi estranho.
— Muito bem. Nunca vi nada em Yago que me mostrasse ao contrário.
— Você confia nela? Quer dizer, você a conheceu agora e já permitiu que se aproximasse de Yago. Não acha que ainda é cedo. E também todos nós achávamos que você ficaria com Marina, que dedica tanto tempo e carinho a vocês dois.
Ok. Ele ficou louco? Vir em minha sala, perguntar se confio na mulher que eu amo, e ainda insinuar um romance ou sei lá o que com a Marina?
— Álvaro o que foi agora? É um interrogatório? Não estou entendendo, achei que ficaria feliz com minha felicidade. E que negócio é esse que achávamos que eu ficaria com a Marina? Isso nunca foi demonstrado da minha parte. Quem mais acha isso? Minha mãe? Meu pai?
— Claro que me importo e quero mais que tudo se encaixe na sua vida. É por isso que estou te perguntando. Não quero que se magoe. Quanto a Marina, sou eu que estou perguntando, minha mãe não tem nada haver com isso.
— Não vai acontecer. Nem uma coisa nem outra. Nem Marina e nem eu me magoar. E se acontecer, estou bem grandinho para suportar qualquer coisa. A não ser que você saiba de algo que eu não saiba.
Eu estava nervoso. Minha cabeça doía.
— Relaxa Hugo. Não sei de nada. Cara, é só uma preocupação de irmão. De qualquer forma se você está bem, eu também estou. Desencana.
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Curando Feridas ( Hiatus)
RomanceJuliana sempre foi expert em usar máscaras, afinal, eram nelas que ela podia se esconder. A sua defesa sempre foi não deixar suas fraquezas e dores a mostra. Ela sabia que não podia se mostrar fraca, e apesar de todo o esforço, e depois de anos enja...