Capítulo 34

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Boa tarde amorecos.... vamos de capitulo? Até o próximo.... beijokas...





Hugo

Quando sai por aquela porta a vontade era de voltar correndo, agarrar Juliana e nunca mais sair de sua casa. No carro a única coisa que eu sabia fazer era levar meus pensamentos até o momento em que senti seus lábios e por hora tinha que me contentar apenas com o seu perfume que ficou grudado em mim.

Fui direto para casa de minha mãe que estava com Yago. Ah o meu filho! Como ele vai ficar em meio a essa bagunça em que minha vida se tornou.

Quando deixei Yago na minha mãe não contei a ela o que estava acontecendo, mas sei que não escaparia do seu interrogatório agora. Nunca consegui esconder nada dos meus pais. Sempre conversei sobre tudo, afinal se não fosse os conselhos deles em minha vida, principalmente de minha mãe, não estava onde estou hoje.

Eu só não sabia por onde começar, afinal, essa não é uma história de novela, mas a história real da minha vida que há essas alturas resolveu testar meus limites. Quando Yago me avistou no portão veio correndo em minha direção. O abraço apertado é meu conforto.

— Pai, minha vó fez aquela bolacha de nata que amo! — Disse com as duas mãos em meu rosto chamando minha atenção. Eu sorri, ainda que minha vontade fosse de deitar naquele momento. Eu ainda estava sentindo o gosto amargo da recusa de Juliana descer na garganta!

— Mãe, já disse para não ficar dando açúcar para ele!

Yago desceu do meu colo com a cara fechada. Olhei para ele e tive vontade de sorrir, mas o conhecendo sabia que ele ficaria mais bravo ainda se risse dele.

— Ele é uma criança, e caso o senhor não saiba crianças adoram açúcar! — Minha mãe encostada na porta nos esperando disse sorridente.

— Ah claro, e por isso temos que encher o menino de gordura!

Ela fez uma careta.

— Desde quando se tornou um velho chato? Que eu saiba esse papel é do seu pai e não dos meus filhos!

Beijei sua testa.

— Obrigado por ficar com ele! — disse o procurando e neste momento ele já estava sentado no sofá assistindo tv.

Minha mãe me abraçou, e no momento em que senti seus braços me envolverem deixei todo o ar que estava preso em meus pulmões sai em forma de um suspiro profundo. Meus olhos arderam porque segurei as lágrimas que queriam cair mas me negava chorar na frente de minha mãe.

— Precisamos conversar meu anjo! Quero saber o que está acontecendo com o meu filhote. Venha, acabei de fazer um café, tomamos enquanto você me conta o que está havendo.

Puxou-me pelas mãos e me senti um menino indefeso precisando mesmo de ser acolhido.

Sentamos e começamos a conversar. Quando contei a minha mãe tudo que estava havendo o que vi em sua expressão não me deixou surpreso, afinal eu a conhecia e sabia como ela reagiria. A expressão de surpresa se misturou com a de alegria. Porque diabos eu não consegui agir dessa forma quando soube de tudo?

Depois de ouvir tudo ela se levantou, foi até a bancada da cozinha e pegou uma vasilha cheia de bolo. Colocou sobre a mesa.

— Eu não sei o que você queria ouvir de mim filho! Mas o que tenho para te dizer, é que a vida te presenteou três vezes. Sofia foi um anjo em sua vida. Yago veio deixando tudo mais leve, a agora Juliana veio preenchendo a parte que estava faltando. Ela é um amor. Não conheço suas razões para ter feito o que fez, mas isso não faz diferença agora. O que importa é que a vida está dando a vocês três à chance de reconstruir uma parte do muro que está caída. E eu espero que você não tenha feito nenhuma burrada.

Curando Feridas ( Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora