Capitulo 38

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Olá amorecos!!! Vamos retornar as postagens??

Bom estar de volta... agradeço por estarem comigo ainda!!! Amo vocês....



Hugo

No capitulo 37....

"Ao me aproximar da escola percebo uma movimentação diferente, e não sei por qual razão sinto meu coração descompassar e a aquilo me incomoda. Acelero o carro, preciso ver meu filho o quanto antes."

Nunca foi necessário o meu sangue correr nas veias de meu filho para que eu sentisse quando havia alguma coisa errada com ele. E infelizmente o peito apertado e o suor frio em minhas mãos foram o suficiente pra eu saber que alguma coisa tinha acontecido. Estacionei de qualquer jeito e sem falar com Álvaro desci do carro e corri até a portaria da escola.

No mesmo instante meu celular vibrou e assim que vi no visor o numero da escola meus olhos encontraram com o da diretora com o celular em seu ouvido. Desespero e temor foi o que eu vi em seus olhos. Baixou a cabeça e não quis me encarar.

— Onde está meu filho? Quero vê-lo agora! — disse exaltado colocando as mãos em seus ombros sentindo me faltar o ar.

— Senhor, precisa manter a calma! Nós já ent....

— ONDE ESTÁ YAGO? — O pavor começou a tomar conta de mim. Olhei para o lado e meus olhos encontraram os de Álvaro que também tentava entender o que estava acontecendo.

— Me acompanhe, por favor. — A diretora entrou na escola e eu a acompanhei no automático. Ela tentou me explicar o que tinha acontecido, mas eu não conseguia parar de pensar no meu filho. Onde ele estava? Com quem estava? Ele estava ferido? Senti um amargo descer pela boca e era o gosto do medo.

Gritei, disse que aquilo tudo era um absurdo. Como assim meu filho estava desaparecido? Eu não pagava caro em uma escola para que alguém entrasse ali e levasse meu filho sabe lá Deus para onde.

— Nós entendemos sua indignação. Vamos aguardar a chegada da polícia. Estamos tão estarrecidos quanto o senhor. Sempre mantivemos a atenção dobrada no que diz respeito á entrada de pessoas que não são funcionários e nem pais na escola.

— Não quero desculpas! QUERO MEU FILHO! — Avancei alguns passos em sua direção, mas senti as mãos de Álvaro me segurando e com calma me arrastou para o canto.

— Hugo, se acalme! Precisa estar centrado para que tudo se resolva da melhor forma possível. Papai e mamãe já estão a caminho. — Sentia meu corpo todo tremer.

Aguardamos em silêncio a chegada da policia. Na verdade foram momentos eternos, onde sentia cada pelo do meu corpo se arrepiar pelo gelo que sentia ao meu redor só de imaginar o que pudesse estar acontecendo com o meu filho. As horas que se seguiram foram angustiantes. A polícia chegou e começou uma série de perguntas. Meus pais também chegaram.

Fomos até a delegacia para registrarmos um BO e no caminho tive que me encher de coragem e ligar para Juliana. Eu ia morrer. O que dizer? Como dizer? Ela não merecia! Meu filho não merecia.

— Oi amor! — Disse e eu podia apostar que estava sorrindo.

— Oi! Precisamos conversar!

— Ok. Vamos nos ver mais tarde e conversamos! Ou é algo que não se pode esperar? ­ ­­­— Eu estava nervoso e meu coração batia a mil por hora. Como eu gostaria de responder as expectativas dela!

— Sim, estou indo á delegacia agora e preciso que me encontre lá. Você confia em mim? ­ — Não encontrei maneira mais fácil de contar para ela.

— O que está acontecendo?

— Você confia em mim? Preciso que confie mim!

— Está me assustando. O que houve?

— Só diz que vai me encontrar. Confie em mim. Pega uma caneta para anotar o endereço da delegacia.

— Está bem. — soltei o ar. — Pode falar.

Passei o endereço da delegacia e desliguei o telefone. Não podia dizer nada sem olhar nos olhos dela. Precisava tê-la perto de mim para garantir seu bem estar, ainda que aquilo fosse impossível no momento, mas pelo menos confortaríamos um ao outro. Bom, isso é o que eu esperava.

Cheguei à delegacia acompanhado de meus pais, que chegaram o mais rápido que puderam na escola. Álvaro e a sonsa da diretora que estava na minha mira chegaram após alguns minutos

Depois da diretora explicar o que ocorreu para o delegado foi o momento em que ele começou a questioná-la sobre câmeras na escola, quem tinha livre acesso, como funcionava o controle do portão?

— Eu já disse para o policial que foi até a escola. O portão sempre está fechado. Mas não sei o que houve que hoje estava aberto — Disse ela com a voz trêmula. — tivemos um problema com o ar condicionado de uma sala e então liberamos a turma para que brincassem no pátio e assim o técnico ficasse a vontade para consertar o ar.

— Alguém diferente entrou na escola hoje? — O delegado quis saber.

— O rapaz que conserta o ar não é estranho e já presta serviço para escola há muito tempo. ­— Ela disse franzindo a testa como se estivesse tentando lembrar de alguma coisa. — Ah, a única coisa que tivemos fora da rotina hoje foi uma mulher querendo conhecer a escola para uma possível matricula caso houvesse interesse. O que na verdade não deixa de ser normal, afinal somos uma escola e estamos abertos a visitações para que o interessado conheça a escola.

Eu olhava no relógio de dois em dois segundos. Precisava ver meu filho. Precisava abraçar Juliana. Pedia a Deus para que aquilo tudo acabasse ou acordasse logo caso aquilo tudo fosse um terrível pesadelo.

— Preciso das imagens da câmera. — ele pediu.

A diretora consternada colocou as duas mãos no rosto em um ato desesperado.

— Meu sistema de câmera está com problemas. Não está gravando, estávamos aguardando o técnico vir consertar. — Disse chorando e o que eu queria era avançar naquela mulher e despejar toda minha revolta sobre ela. Antes que eu pudesse obedecer minha mente o telefone vibra. Olho no visor e o nome da Juliana faz com que eu lembre que o que eu mais quero é abraça-la. Peço licença para o delegado e vou o mais rápido que posso até onde ela está.

Os olhos dela encontraram os meus, e no instante em que me dei conta da sua presença deixei tudo que estava entalado na minha garganta sair em forma de soluços e pequenos espasmos que acompanhavam o desespero e o medo que me dominavam naquele momento. Em segundos senti seus braços me envolverem e morri mas uma vez naquele dia que estava sendo um inferno.

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Quando consegui me acalmar e contar tudo para a Juliana foi a minha vez de tentar acalma-la.

— Diz que é mentira! Por favor. Diz que não é verdade. — ela chorava copiosamente.

Eu apenas a olhava e a abraçava. O que eu podia fazer naquele momento?

Minha mãe veio ao nosso encontro e assim que viu Juliana a abraçou.

— Eu sei minha filha! Está doendo, mas estamos todos aqui. Vamos apoiar uns aos outros. Vamos confiar no trabalho da polícia. — Minha mãe passou a mão em seus cabelos. — queria poder dizer várias palavras de conforto, mas como mãe sei que nenhuma palavra e nem mesmo o melhor dos gestos vão acalmar o barulho das ondas bravias agora.

— Obrigada — Disse tentando se recompor. Afastou-se de minha mãe e enxugou o rosto. — Não vou ficar parada. Não posso ficar aqui esperando.

— Precisa se acalmar. — foi o que eu disse para ela, mas na verdade queria gritar para mim mesmo que aquilo era um terrível pesadelo e eu estava prestes a acordar. Ledo engano!

PS: Amorecos...sei que tá pequeno....mas é o que temos pra hoje!!Bjks.


Curando Feridas ( Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora