Episódio 14 - Espírito de equipe?

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— Fez um ótimo trabalho — disse Forrest, retornando o pokémon a pokébola. — Não foi nada mal, garoto. Mas ainda tem mais dois te esperando. Vai, geodude!

A bola de rocha com braços deu o seu grito de batalha.

— Milady, pode descansar.

Ela nem se mexeu. Dava conta de todos eles, sempre deu.

— Milady, querida, você está cansada, o último vai ser seu, eu prometo.

Sem dúvida era o mais fraco inimigo, Hazel sabia daquilo, e por isso daria a tarefa de derrotá-lo para o seu pokémon mais fraco. Ele estava certo, ela não era pokémon de sujar as mãos com qualquer coisa. Regressou para o lado do amigo.

— Obrigado — disse ele, segurando a mão dela, que se apoiava no encosto da cadeira de rodas. — Soldado, hora de brilhar!

O pokémon saiu lá de atrás às pressas, tropeçando numa das rochas do campo de batalha e caindo bem encima do Stealth Rock, ralando-se todo.

— Usando um pokémom d'água — disse o líder do ginásio. — Esperto. Mas você vai conseguir passar pelas minhas defesas? Geodude, Defense Curl!

O corpo do pokémon de pedra reluziu, como se a dureza e resistência dele tivessem sido aumentadas.

— Soldado, livre-se do Stealth Rock com Rapid Spin e ataque o Geodude com Fake Out!

O wartortle fechou-se na concha e girou até o geodeude, desviando-se dos obstáculos de rocha, não era muito veloz, mas o adversário era uma pedra, literalmente. O Stealth Rock foi jogado de canto. Hazel já pensava em Milady, que entraria logo em seguida.

— Não vou deixar uma dama pisar em pedras — comentou ele para a amiga, que fingia não assistir a batalha.

As palmas se fecharam ao redor da cabeça/corpo do oponente. Quase não ouve dano, mas Hazel só queria se aproveitar da prioridade do ataque.

— Bubble!

— Geodude, Sucker Punch!

As bolas, que se formavam na boca de Soldado, foram cuspidas, quando ele recebeu um poderoso soco na cara.

— Earthquake — disse Forrest, pisando no chão, como um lutador de sumô.

Logo que se levantou, Soldado caiu mais uma vez. O chão da arena tremeu todo, fazendo a cadeira de Hazel andar um pouco para trás.

— Mantenha ele no chão, Geodude. Earthquake!

— Soldado, levante-se, não importa quantas vezes ele te derrube, levante-se. Uma hora ele vai se cansar ou desistir e quando essa hora chegar, você vai ser o único em pé — discursou Hazel.

As palavras serviram como lenha para a chama do espírito de luta, que queimava em seu coração. Soldado ergueu-se uma última vez, o rosto com a marca da pancada de pedra e diversos arranhões espalhados pelo corpo, e Geodude não mais tinha condições de executar o ataque.

— BUBBLE! — berrou Hazel.

A boca dele encheu-se de uma espuma translúcida, que quando olhada de canto tinha uma fina camada azulada. Inclinou-se para trás para pegar impulso e cuspiu a rajada de bolhas no inimigo.

— O geodude está fora de combate, o ganhador da disputa é Soldado! — disse a juíza.

Retornou da batalha o soldado e prestou continência ao capitão.

— Ótimo trabalho, Soldado, descansar — disse Hazel. Ele cansou-se do teatrinho de comandante militar e abriu os braços para receber o pokémon.

Pokémon Hazel I: O Charizard Sem AsasOnde histórias criam vida. Descubra agora