Insegurança

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"- Mel não posso me casar com você, eu me apaixonei por outra mulher!"

- Melzinha que cara é essa? - Disse Luisa, espantada, assim que me viu chegando na empresa - Vamos no banheiro, vou passar uma maquiagem pra tentar melhorar sua aparência. O que aconteceu?

- Não dormi direito Lu, estou preocupada com o Tom e pra completar, sonhei que ele terminava comigo. - Disse, enquanto me encaminhava ao banheiro, acompanhada por Luisa.

- Mel eu pensei que você já tinha tirado isso da cabeça.

- Não consigo Lu, eu não gosto dessa amizade dele com essa tal de Patrícia. Ele diz que ela está passando por um momento difícil, e precisa de apoio, mas eu não engoli essa história. Eu não acho que ela seja confiável.

- Você conhece ela?

- Não.

Luisa explode em risos por pelo menos 5 minutos.

- Melzinha você está ficando paranóica. - Mais risos - Quem diria que minha amiga é tão ciúmenta?! Olhando esse rostinho meigo, ninguém diz que ele serve de máscara à uma psicopata.

Eu tentei, mas não consegui resistir às brincadeiras dela. O que mais me cativa na minha amiga é o seu bom humor. A capacidade que ela tem de me animar nos momentos mais difíceis.

- Eu estou rindo, mas tô falando sério Luisa.

- Eu sei minha linda, mas a vida não deve ser levada tão a sério. E eu acho que você está se preocupando à toa, o Tom te ama.

- Mas ele não atende mais minhas ligações quando está com ela porque, segundo ele, vai parecer que estamos esfregando nossa felicidade na cara dela, e já deixou de me encontrar duas vezes porque aquela vaca deu alguma crise de choro e ele não podia ir embora e deixar ela daquele jeito.

- Mel...- Luisa me olhou, segurando o riso.

- Tá bom, eu sei que ele tem razão, mas eu não me conformo. Essa situação está me deixando insegura.

- Melzinha vamos fazer assim, você vai focar nos preparativos do seu casamento, e. confiar no Tom, deixa ele resolver isso tá?

- Mas..

- Relaxa, esquece essa história. Se preocupa em disfarçar essas olheiras, que isso sim é um problema gravíssimo.- Ela diz e nós duas caímos na gargalhada.

Enquanto Lu me ajudava a aplicar a maquiagem, eu fico pensando no quanto eu tenho sorte por ter uma amiga como ela, em todos os momentos que eu me sentia triste ou insegura, era só conversar com ela que todos os sentimentos ruins evaporavam, ela era como a minha consciência fora da minha cabeça.

- Te amo Lu, obrigada por estar sempre aqui por mim.- Digo, abraçando-a, quando ela termina o seu "trabalho".

- Por nada garota, amigos são pra isso.- Ela diz sorrindo - Agora, vamos voltar por que o chefe hoje acordou atacado.

Convite ao pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora