Fim

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Fui na pizzaria com as meninas, levamos um século pra chegar ao local, o trânsito era horrível naquele horário. Fiquei com elas o máximo que pude, elas me divertiram e me fizeram esquecer o Tom, pelo menos até ele me ligar:

- Oi meu amor.- Atendi com toda (falsa) alegria que pude.

- Oi minha abelhinha, onde você está?

- Na rua, e você?

- Estou em frente a sua casa. Você disse que não ia sair, então eu vim direto pra cá.

- Você saiu do trabalho agora?

- Hum? Ah, foi.

- Você vai me esperar?

- Vou.

- Chego aí em 20 minutos.

Quando desliguei o celular Luisa e Júlia estavam me olhando com cara de espanto.

- O que foi?- Perguntei.

- Sua frieza me assusta.- Disse Luisa rindo.

- Vamos logo! Eu tenho algumas máscaras pra arrancar.- Ri pra esconder a dor que estava sentindo.- Vou deixar vocês em casa.

- Não precisa Mel. Vai resolver sua vida, a gente se vira por aqui.

- Obrigada meninas.- Agradeci e praticamente voei pra casa. Quando eu vi o Tom, a raiva voltou com toda força.

- Oi minha linda.- Ele disse, assim que me viu, todo sorridente. Me abraçou e me beijou como se nada tivesse acontecido.

-Porquê demorou tanto?- Perguntei assim que entramos em casa.

- Surgiu uma emergência na última hora, e acabei demorando mais do que o previsto.

- Você passou em algum lugar antes de vir pra cá?- Estava dando a ele, a chance de falar a verdade, mas pelo que vi, isso não ia acontecer.

- Amorzinho, porque esse interrogatório todo?

- É que eu vi um homem, acompanhado de uma loira peituda, saindo do prédio em que você trabalha.- Ele começou a suar.- E sabe o que é mais curioso? Ele era muito parecido com você, tão parecido que eu podia jurar que era você.

- O que você foi fazer lá?

- Isso não importa! Assuma que mentiu pra mim! Eu te vi com aquela piriguete peituda. E você ainda tem a coragem de vir aqui e continuar com essa palhaçada.

A medida que eu ia falando, minha voz ia aumentando de volume, até que, quando dei por mim, estava gritando.

- Calma Mel! Me perdoa, eu posso explicar.

- Você desperdiçou a chance que teve de se explicar. E quer saber de uma? Nós terminamos aqui.

Convite ao pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora