Amor no Trabalho

Capitulo 123

COLIN: Venha morar comigo, largue esse mundo sujo dos negócios. Você merece muito mais do que isso, são todos criminosos, mentirosos.

Tenho medo de me arrepender...

Colin pára de falar por um momento, ele olha para mim, sorri e acaricia as minhas mãos com a ponta dos dedos.

COLIN: Lembra de quando saímos juntos pela primeira vez?

Penso no que Colin disse... sim, era bem mais simples.

COLIN: O clube de Rock... Aquele restaurante delicioso... E o fim da noite em minha casa... Você não quer aquilo de novo?

FLAVIA: Colin, a minha vida toda eu sonhei em trabalhar naquela empresa.

COLIN: Veja como isso está destruindo você, você não está feliz, eu sei disso. Outro dia, eu sonhei com você... Você estava cuidando de um PUB comigo, você estava sorrindo, e de vez em quando você vinha me beijar, enquanto eu fazia a contabilidade. Eu adoraria que isso se tornasse realidade. Você precisa correr atrás da sua felicidade, Flavia.

FLAVIA: Eu sinto muito, Colin.

COLIN: Porque você está tão triste?

Sinto que estou desmoronando, a pressão dos últimos dias está insuportável. Eu me levanto e sigo em direcção à saída, mas Colin me chama.

COLIN: Espere, Flavia! Me desculpe, eu não quis pressioná-la...

Colin se levanta, pega o contrato e me entrega.

COLIN: Deixarei você tomar a decisão final. Mas por favor, não abandone os moradores do Queens.

Estou em Manhattan a poucas ruas da empresa, minha mente está tão longe que quase fui atropelada.

Como estou um pouco atrasada, acelero o passo e acabo esbarrando em alguém... Eu olho para cima...

FLAVIA: Gabriel?

GABRIEL: Acabei de sair da empresa, eu queria ver você. Você não estava na sua mesa, eu já estava desistindo...

FLAVIA: O que você está tentando me dizer?

GABRIEL: Eu pensei muito sobre nós dois, e tomei uma decisão. Meu coração fica apertado só de pensar... mas é o melhor para nós dois. Eu estou apaixonado por você! E sinto que você tem sentimentos por mim, pelo menos, eu espero... Mas tudo o que fizemos até agora foi machucar um ao outro... como dois adolescentes! Eu decidi ir embora, estou partindo amanhã à noite. Reservei um voo para a Europa.

FLAVIA: Você está me deixando sozinha agora que tudo está desmoronando, Gabriel?

GABRIEL: Eu não quero mais magoar ou pressionar você... Para mim, essa é a única saída. Será difícil no começo, mas com o tempo, tudo passa. Eu sentirei muito a sua falta, me desculpe por tudo, eu estava perdido. Desde o começo... Não vou mais incomodar você, Flavia.

Gabriel se aproxima para me abraçar, eu não me movo. Eu quero sair correndo daqui e beijá-lo ao mesmo tempo.

Tenho a impressão de que essa deficiência emocional está me prejudicando desde o inicio.

Seus olhos estão gritando a necessidade de ser amado. Gabriel me beija apaixonadamente, depois, ele dá um passo para trás e me olha nos olhos.

GABRIEL: Eu não quero complicar as coisas ainda mais, eu tenho que sair daqui. Você precisa do emprego, não posso mais fazer isso, nem você... Estou prometendo a mim mesmo que aqui, e agora, é a ultima vez.

FLAVIA: Eu estou implorando, não vá...

GABRIEL: É tarde demais, isso nunca funcionaria.

FLAVIA: Não diga isso!

GABRIEL: Eu te amo, Flavia! Isso é tudo o que você precisa entender. Mas parece que o amor sempre acaba sendo um castigo para mim.

Gabriel se aproxima da rua e levanta a mão para chamar um táxi.

FLAVIA: Espere!