Romance/Misterio/Suspense.
Quando Ethan O'Connel, um jovem padre católico, foi designado pela Igreja para ser o novo padre de uma comunidade no interior do Maine, ele não fazia ideia de que sua vida nunca mais seria a mesma.
Ele logo descobre que a...
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A sexta-feira passou, o sábado, e logo o domingo chegou, e embora Ethan estivesse nervoso por realizar sua primeira missa na igreja nova, tudo ocorreu bem. A igreja estava cheia, pois todos queriam se despedir do sacerdote velho e das as boas vindas ao novo.
A celebração decorreu-se com Monty ajudando como sacristão, havia um garoto de dez anos de idade chamado Charlie que foi o coroinha e Padre Harolds apenas observou os procedimentos como um professor de medicina que avalia a primeira cirurgia solo de um residente. Ethan conduziu a missa praticamente sozinho e (o que lhe deixou verdadeiramente espantado) sem erros.
Ethan reparou que Annabeth não estava na missa, talvez ela ainda estivesse chateada por padre Harolds ter lhe dado aquele puxão de orelha simbólico. Ele sabia que era errado, mas ele se sentiu aliviado.
Assim que a missa terminara, os dois padres estavam do lado de fora da igreja cumprimentando os cidadãos. Os dois recebiam sorrisos e apertos de mão. Para Ethan, congratulando-o pelo bom começo; para Harolds, desejando felicidades aonde quer ele fosse. Vinham as mães com os filhos para que o novo padre desse a benção, os homens de respeito vinham se apresentar, dizendo que a igreja precisava mesmo de uma cara nova, o que era logo seguido de um "Sem ofensa, padre Harolds.".
Em poucos minutos, a assembleia toda já tinha saído da igreja e se espalhado pelas ruas adjacentes, caminhando com a calma que um belo domingo ensolarado proporciona. Com a satisfação de um dever cumprido, Ethan entrou outra vez, seguido de Harolds e Monty, para arrumar tudo.
Era quase outra cerimônia o ato de arrumar tudo depois de uma missa: as túnicas deviam ser dobradas e guardadas em seu lugar, o cálice devia ser limpo, o vinho guardado, todos os aparatos usados na celebração deviam ser cuidadosamente limpos e guardados em seus lugares onde aguardariam a próxima missa e era um trabalhinho meio demorado e Monty normalmente ajudava o Padre Harolds nisso, como o sacristão que era, mas agora com Ethan ali Padre Harolds estava bem sossegado sentado em sua cadeira do outro lado da mesa na sacristia enquanto observava os mais jovens fazerem o trabalho.
─ Foi uma missa bonita. – Padre Harolds ponderou com um sorriso.
─ Foi mesmo. – Monty acrescentou deixando Ethan um pouco vermelho.
─ Nem parecia que você é um novato. – Harolds continuava. – Você segurou a atenção das pessoas.
─ Ah, obrigado, mas eu quero ver quando a novidade passar. – disse com um sorriso sem jeito.
─ Até lá, já terá aprendido a lidar com essas pessoas.
─ Espero que sim. – Ethan disse com uma confiança meio forçada.
Começaram então á falar sobre as datas comemorativas que viriam, a festa de São João logo chegaria e Ethan teria que se programar, mas Harolds achava que ele não teria dificuldades. Foi então que eles ouviram um som estranho, era o som do choro de criança e estava se aproximando cada vez mais da porta da sacristia, o que era estranho, já que a missa já havia acabado. Eles perceberam também que o som se juntava com o som de passos ecoando no chão de mármore do salão e se aproximava, e antes que percebessem vieram as batidinhas na madeira da porta.
