Romance/Misterio/Suspense.
Quando Ethan O'Connel, um jovem padre católico, foi designado pela Igreja para ser o novo padre de uma comunidade no interior do Maine, ele não fazia ideia de que sua vida nunca mais seria a mesma.
Ele logo descobre que a...
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O jovem padre estava apenas observando o céu incrivelmente estrelado naquela noite quieta onde apenas as cigarras faziam algum som. Havia chovido muito naquela tarde, mas as nuvens haviam ido embora, e agora a noite o vento ainda trazia consigo aquele cheiro bom de terra molhada que se misturava com o cheiro fresco de menta da horta de Elle-May e Ethan apenas respirou fundo, aproveitando o momento.
Ethan não podia negar, ele sentia falta da cidade grande, do barulho e da dinâmica. Mas haviam pequenas coisas como essas que o faziam pensar que trocar Nova York por Elder não tinha sido uma má ideia afinal de contas.
─ Aceita uma cerveja, padre? ─ Ethan ouviu a voz de Monty perguntar atrás dele, tirando-o de seu devaneio.
O padre desviou a atenção do vasto campo a sua frente para olhar para trás, e viu que Monty estava parado no batente da porta da casa, segurando uma garrafa de cerveja em sua mão, com uma sobrancelha levantada e um sorriso no rosto. ─ O Padre Harolds sempre tomava uma, apenas uma claro, toda vez que convidávamos ele para jantar aqui.
─ Não, obrigado. Não bebo. ─ Ele respondeu sorrindo. ─ Além do mais, não seria apropriado.
─ Não seja tão certinho! ─ Monty disse balançando a garrafa.
─ Deixa ele em paz, Monty. ─ Elle-May disse aparecendo no batente da porta atrás do marido ─ Ele só está brincando com o senhor, padre. ─ Elle-May deu uma cotovelada de brincadeira em Monty, para que ele lhe desse espaço e ela pudesse sair pela porta e vir para a varanda onde Ethan estava, casualmente encostado na cerca de madeira que circulava a casa. ─ Aqui.
A garota loira se aproximou de Ethan e lhe ofereceu uma garrafa de Sprite, estalando de gelada.
─ Obrigado. ─ Ele agradeceu com um sorriso, aceitando a bebida gelada não alcóolica.
Elle-May sorriu de volta e se virou nos calcanhares, voltando-se na direção da porta. A garota parou ao lado de Monty, que ainda estava encostado na porta, ficou na ponta dos pés e beijou a bochecha do marido, antes de finalmente voltar para dentro da casa.
Monty e Elle-May haviam convidado Ethan para jantar naquela noite e o sacerdote havia alegremente aceitado o convite. A casa deles ficava um pouco afastada do centro, mas era perto o suficiente e o padre havia gastado apenas vinte minutos na caminhada da igreja até o pequeno rancho que o sacristão e sua esposa chamavam de lar.
A comida tinha sido incrível, caseira e bem temperada, nem se comparava com a gororoba triste que Ethan estava preparando nesses três dias desde que Padre Harolds havia ido embora. Monty estava alegre e conversador como sempre e Elle-May estava bem simpática também. Até Moira, que tinha parecido tão doentinha na primeira vez que Ethan a havia visto, agora estava sorrindo e correndo para lá e para cá, aparentemente mais saudável. A menininha tinha até subido no colo de Ethan (para a surpresa do rapaz), e ficou brincado com as mechas de seu cabelo escuro por um tempo, até que a garotinha se cansou e passou a brincar com uma boneca que estava no sofá.