~ Capítulo 1 ~

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Minha mãe me entregou as malas, com lágrimas nos olhos, eu sei que logo quando eu botasse os pés para fora, ela iria cair em prantos. E provavelmente eu também.

Mas o que eu podia fazer? Foi uma escolha minha ir embora, eu que escolhi mudar o destino que me foi planejado, e apesar de doer no fundo da minha alma sair de perto dos meus pais, isso iria valer a pena.

Me despedi do meu pai, que mantinha sua postura rígida. Só eu sabia que quando ele me visse saindo, aquilo iria quebrar o seu coração.

É necessário. Eu ficava repetindo para mim mesma. E talvez realmente fosse.

Me despedi pela última vez, e saí. Ouvi no fundo o choro exagerado da minha mãe, me manti firme, e entrei no táxi, que me levaria para a cidade.

Estava com meus fones de ouvido plugados no iPod, um dos únicos contatos que eu tinha com o mundo fora do circo até o momento. Fiquei quieta a viagem toda, concentrada na música. Foi quando começaram a aparecer luzes. Luzes que eu conhecia muito bem, das histórias que meus pais contavam, ou que eu via, espiando nas janelas da van.

Quanto mais nos aproximavamos, mais meus olhos brilhavam, e mais eu percebia o tamanho de tudo aquilo, e ficava com medo de me ver sozinha naquele grande mundo. Não no sentido literal da palavra, já que quando eu estava procurando uma moradia, achei um anúncio de um apartamento dividido, entre uma moça, e um rapaz. Não era a melhor das opções, mas estava dentro do orçamento do dinheiro que os meus pais me deram. Seria só temporário, enquanto eu ainda não tenho um emprego e etc.

Quando voltei a prestar atenção nas coisas janela a fora, o carro já estava parando em frente a um prédio baixo com os tijolos expostos, e algumas flores na frente. Dei o dinheiro para o taxista e saí.

Não tinha ninguém a minha espera, então apertei o que parecia ser um "interfone".

"Alô? Quem é?" Disse uma voz estridente. Tive que repetir meu nome, mais ou menos, umas dez vezes até ela entender. "Alexa? Ahh sim querida, entre! O seu apartamento é o 202.", falou por fim.

A grade se abriu, e eu, ainda insegura entrei. Apertei um botão ao lado do elevador, e esperei ele se abrir, depois fiz ele subir até o segundo andar, e procurei a porta com o número 202.

Fui recebida por uma garota com cabelos curtos e grandes olhos acinzentados.

- Você deve ser a tal Alexa Astley. - Disse ela, com indiferença, como se eu não fosse atrapalhar, ou acrescentar a vida dela. Achei rude, mas relevei.

- E você deve ser a ...- Eu tinha escrito seu nome na palma da minha mão, já sabendo que eu não ia conseguir gravar. Eu sou PÉSSIMA com nomes. - Lizzy Meyer!

- Em carne e osso. - Ela falou, tentando fazer graça. Sorri. - Hum... Prazer em conhecê-la, Alexa.

- Lexie.

- Perdão? - Disse Lizzy, confusa.

- Hum... Eu gosto que me chamem de Lexie, sabe? É meu apelido.

Ela assentiu a cabeça, e fez um gesto para eu entrar. A casa era pequena, isso ficava aparente, mas ela era bem decorada e aconchegante.

- Tá com fome? - Falou Lizzy.

- SIM! - Eu não queria parecer desesperada, mas eu estava faminta, e não tinha parado para analisar aquilo até agora. - Quero dizer... Um pouquinho.

Ela começou a rir, foi para a cozinha, que era separada da sala apenas por um balcão, e pegou seu celular.

- Então senta lá no sofá e liga a TV, eu vou pedir uma pizza para a gente.

Quando eu estava indo em direção a sala novamente, me deparei com um rapaz de camiseta rosa e um chapéu extravagante que cobria toda a área de cima de sua cabeça.

- Oi querida, eu estava a sua espera! - Diz quem eu deduzi que fosse Mike - Espero que a Liz não tenha sido grossa ou antipática com você. Não é por mal, sabe? Às vezes ela faz isso sem perceber.

Quando ele falou isso, Lizzy, que estava falando ao celular com a pizzaria, só faltou jogar aquele aparelho em cima dele, mas Mike parecia não se importar com a reação da amiga.

Me afastei daqueles dois, e fui sentar no minúsculo sofá amarelo que portava no máximo duas pessoas. Procurei o controle empoeirado da televisão, e apertei aquele botão vermelho destacado no meio de muitos outros. A TV se ligou e eu involuntariamente pulei para trás. Não é como se eu nunca estivesse visto uma antes, mas nela passava um programa bastante agitado e barulhento - que ocasionalmente eu acabei percebendo que na verdade era uma propaganda.

A abertura de um jornal local começou a passar, e deu lugar a um homem com uma quantidade exagerada de gel no cabelo, e uma moça séria.

Logo meus novos colegas de apartamento se juntaram a mim, trazendo com eles uma enorme e recheada pizza. Escolheram um filme e começamos a assistir.

Ao final, Mike estava dormindo, e Lizzy estava claramente desinteressada nas cenas pós-credito, então eu me levantei e saí de fininho até o meu novo quarto.

Fui para a cama, e um sorriso surgiu nos meus lábios quando me imaginei no futuro, com uma carreira de sucesso, marido, filhos - que eu não queria ter tão cedo - e uma alegria estonteante. Eu tinha que ser positiva diante de tudo.

Mesmo assim, quando fechei meus olhos, uma brisa fria bateu em meu corpo e causou arrepios. A minha ficha não parecia cair. Eu estou finalmente aqui. Sozinha. 

E isso consegue ser mais assustador e medonho do que em qualquer cenário que eu poderia imaginar.

E isso consegue ser mais assustador e medonho do que em qualquer cenário que eu poderia imaginar

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AI. MEU. DEUS!!!!!
Finalmente começou essa história que eu passei noites acordada pensando, e dias inteiros fazendo acontecer

Então é isso gente, espero que gostem, juro que vou tentar fazer isso tudo ficar bem legal.

   ~ XOXO 😘❤️

On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora